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Jornal feito pelos atingidos é distribuído no "Um Minuto de Sirene"



DSC_0363A distribuição do jornal A Sirene feito pelos atingidos, marcou os três meses da tragédia de Bento Rodrigues, que foi relembrada às 16h dessa sexta-feira, 5 de fevereiro, na Praça da Sé, em Mariana, durante a terceira edição do ato “Um Minuto de Sirene”.

A Sirene relata um pouco do que as famílias viveram com o rompimento da barragem de Fundão. A iniciativa da produção do exemplar foi realizada pelo grupo Um Minuto de Sirene em conjunto com a NITRO e apoio da Arquidiocese de Mariana, de alunos e professores do curso de jornalismo do ICSA/UFOP e participação do MAB. Ao todo serão distribuídos 2.000 exemplares.

A integrante do grupo “Um Minuto de Sirene”, Ana Cristina Maia, conta que a realização do jornal foi uma experiência muito boa. “A gente conseguiu se aproximar da comunidade do Bento. E a saída do jornal é muito significativa, pois ele foi todo pautado pelos atingidos. Eles fizeram e foram o objeto do jornal. Tudo o que tem no jornal foi escolha deles”, ressalta.

Um minuto de Sirene

Todo o dia de 5 de cada mês o grupo “Um Minuto de Sirene” realiza um ato na Praça da Sé para reviver a tragédia de 5 de novembro. Além da sirene, um painel de fotos estava exposto nessa edição.

“A gente nunca deixa de pensar no que aconteceu. E esse momento acaba reunindo a gente. Relembramos com DSC_0371 nossos amigos o momento”, diz o atingido de Bento Rodrigues, Mateus Gonçalves.

O objetivo do projeto é deixar as pessoas e as famílias atingidas juntas e alertas, fazendo assim circular informação, preservar a memória, pensar o futuro e deixar que os atingidos possam falar por si, fortalecendo a luta pelos direitos.

Padre Wander Torres, que participou dessa edição, vê essa atividade com um ato bem importante. “Eu vejo que essa atividade do Minuto de Sirene ela tem um objetivo muito importante que é de recordar mensalmente a questão da barragem e dos atingidos. E ao mesmo tempo ir pensando no depois que as coisas vão acontecendo quais caminhos nós podemos construir e sobretudo pensar um novo Bento para Mariana. Uma grande questão é exatamente essa, o depois da tragédia, o que nós vamos fazer? Então a iniciativa do Minuto de Sirene nos ajuda a lembrar. É um minuto, é simbólico, mas é também concreto e provocativo, para que a gente não se esqueça do que faltou no dia, que foi a comunicação pela sirene. A arquidiocese de Mariana apóia esse trabalho em prol dos atingidos”, conta.

Confira a edição online do jornal:

http://issuu.com/umminutodesirene/docs/asirene

 

 

 


Post date: 2016-02-06 13:41:01
Post date GMT: 2016-02-06 16:41:01
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