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A Missa do Crisma, eloqüente expressão da unidade eclesial, está emoldurada pelo Ano Sacerdotal que estamos celebrando e que tem como tema FIDELIDADE DE CRISTO. FIDELIDADE DO SACERDOTE. Alentadoras são as palavras do Sumo Pontífice Bento XVI que, em sua Carta para a proclamação do Ano Sacerdotal, por ocasião dos 150 anos da morte do Santo Cura d'Ars afirma que essa iniciativa “pretende contribuir para fomentar o empenho de renovação interior de todos os sacerdotes para um testemunho evangélico mais vigoroso e incisivo /.../. ‘O sacerdócio é o amor do Coração de Jesus' costumava dizer o Santo Cura d'Ars. Esta tocante afirmação permite-nos, antes de mais nada, evocar com ternura e gratidão o dom imenso que são os sacerdotes não só para a Igreja mas também para a própria humanidade”. Estas palavras do Santo Padre ecoam, com novo vigor, no coração dos presbíteros que hoje renovam suas promessas sacerdotais. A ênfase dada à vocação sacerdotal neste ano do sesquicentenário da morte do Padroeiro dos Padres em nada vem empanar o brilho do sacerdócio comum dos fiéis, pois, a todos nós, ministros ordenados e cristãos leigos e leigas, dirigem-se as palavras do Profeta Isaías há pouco proclamadas: “Vós sois os sacerdotes do Senhor, chamados ministros de nosso Deus” (Is 61,6 a). O Concílio Ecumênico Vaticano II, em sua Constituição Dogmática sobre a Igreja, ensina-nos que “Cristo Senhor, Pontífice tomado dentre os homens (cf. Hb 5,1-5) fez do novo povo ‘um reino e sacerdotes para Deus Pai' (Ap 1,6). Os batizados são consagrados como casa espiritual e sacerdócio santo para que ofereçam sacrifícios espirituais e se ofereçam como hóstia viva, santa, agradável a Deus /.../. O Sacerdócio comum dos fiéis e o sacerdócio ministerial ou hierárquico ordenam-se um ao outro, embora se diferenciem na essência e não apenas em grau. Ambos participam, cada qual a seu modo, do único sacerdócio de Cristo. O sacerdote ministerial, pelo poder sagrado de que goza, forma e rege o povo sacerdotal; realiza o sacrifício eucarístico na pessoa de Cristo e o oferece a Deus em nome de todo o povo. Os fiéis, no entanto, em virtude de seu sacerdócio régio, concorrem na oblação da Eucaristia e o exercem na recepção dos sacramentos, na oração e na ação de graças, no testemunho de uma vida santa, na abnegação e na caridade ativa” (LG 10).
Iluminadoras são as palavras do Papa João Paulo II, em sua Encíclica Sobre a Eucaristia e sua relação com a Igreja: “No plano da salvação escolhido por Cristo, o ministério dos sacerdotes, que receberam o sacramento da Ordem, manifesta que a Eucaristia, por eles celebrada, é um dom que supera radicalmente o poder da assembléia e, em todo caso, é insubstituível para ligar validamente a consagração eucarística ao Sacrifício da Cruz e à Última Ceia” (EE 29).
Com extraordinário senso pastoral, diz-nos o saudoso Papa João Paulo II: “Se a Eucaristia é centro e vértice da vida da Igreja, é igualmente centro e vértice do ministério sacerdotal. Por isso, com espírito repleto de gratidão a Jesus Cristo nosso Senhor, volto a afirmar que a Eucaristia ‘é a principal e central razão de ser do sacramento do Sacerdócio, que nasceu efetivamente no momento da instituição da Eucaristia e juntamente com ela'. Muitas são as atividades pastorais do presbítero. Se depois se pensa nas condições sócio-culturais do mundo atual, é fácil ver como grava sobre ele o perigo da dispersão pelo grande número e diversidade de tarefas. O Concílio Vaticano II individuou a caridade pastoral como vínculo, que dá unidade à vida e às atividades do presbítero. Essa caridade pastoral – acrescenta o Concílio – ‘flui sobretudo do sacrifício eucarístico, que permanece o centro e a raiz de toda a vida do presbítero'. Irmãos e irmãs, “Pelo ministério dos Presbíteros o sacrifício espiritual dos fiéis se consuma na união com o Sacrifício de Cristo, único Mediador, sacrifício que, pelas mãos dos presbíteros, em nome de toda a Igreja, é oferecido na Eucaristia” , ensina-nos do Vaticano II (PO 2). Recorda-nos a Instrução Geral Sobre o Missal Romano: “A celebração da Eucaristia é uma ação de toda a Igreja, onde cada um deve fazer tudo aquilo e só aquilo que lhe compete, segundo o lugar que ocupa no Povo de Deus. Na verdade, este povo é o Povo de Deus, adquirido pelo Sangue de Cristo, reunido pelo Senhor, alimentado por sua palavra; povo chamado para elevar a Deus as preces de toda a família humana, e dar graças em Cristo pelo mistério da salvação, oferecendo o seu sacrifício; povo enfim que cresce na unidade pela comunhão do Corpo e Sangue de Cristo. Este povo, santo por sua origem, cresce continuamente em santidade pela participação consciente e frutuosa no mistério eucarístico (cf. IGMR, n. 5). O Ano Sacerdotal, que estamos celebrando, seja, portanto, para todos nós ocasião preciosa para uma renovada consciência do tesouro incomparável que Cristo confiou à sua Igreja: O Sacerdócio ministerial e a Sagrada Eucaristia. Homilia de D. Geraldo Lyrio Rocha na Missa da Unidade, na Catedral de Mariana, aos 27 de março de 2010.
Post date: 2010-03-29 10:01:52
Post date GMT: 2010-03-29 12:01:52
Post modified date: 2010-03-29 10:01:52
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