Sexta- Feira - Solenidade do Sagrado Coração de Jesus
Ezequiel 34,11-16; Salmo 22 (23); Romanos 5,5b-11; Lucas 15, 3'-7
Uma das devoções mais queridas do nosso povo é a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Em nossa arquidiocese duas paróquias dedicadas ao Coração de Jesus: uma em Conselheiro Lafaiete e outra em Mariana. Em todas as paróquias, com o Apostolado da Oração e outras homenagens como o desagravo das crianças enriquecem este mês de junho, todo ele consagrado ao Coração de Jesus. É comum mas famílias católicas a entronização dos quadros do Sagrado Coração de Jesus e do Imaculado Coração de Maria.
Na liturgia do ano C proclama-se o Evangelho segundo Lucas. O capítulo 15, considerado o coração deste evangelho, traz três parábolas, que expressam misericórdia e alegria. Jesus é o bom pastor diferente dos pastores de Israel, as lideranças do povo, cuja maioria explorava o rebanho, comportava-se como mercenários, sugando o leite, a carne e a lã. Na profecia de Ezequiel, Deus é o pastor que vai procurar suas ovelhas, tomar conta delas, resgatá-las, dar-lhes abrigo e verdes prados. Jesus, o bom pastor, não quer perder uma sequer. Das cem ovelhas, se uma se perde, vai atrás da que se perdeu e não desiste até encontrá- la e quando a encontra, não a recrimina, nem a castiga, mas "coloca-a nos ombros com alegria" e vai festejar com os vizinhos e amigos. As ovelhas de hoje, em grande número, estão dispersas, faltam-lhes bons pastores e os que governam as nações não são tão diferentes das lideranças do tempo de Ezequiel e da época de Jesus. Necessitamos de bons pastores, de lideranças que pensam e agem a partir do povo, de suas dores, angústias e sofrimentos. Os ministros ordenados, temos a mesma missão de Jesus e diante dos desafios, não podemos nos acovardar. "O amor de Deus foi derramado em nossos corações… Cristo nos reconciliou quando éramos pescadores, justificados pelo seu sangue, seremos salvos por sua vida". Tenhamos o coração semelhante ao de Jesus, solidarizemo-nos com os pobres, enfermos e desprezados pela sociedade.
Pe. Geraldo Barbosa
