Arquidiocese de Mariana http://www.arqmariana.com.br/mesa-de-negociacoes-se-reune-pela-primeira-vez/ Export date: Wed Jun 1 6:45:42 2016 / +0000 GMT |
Mesa de negociações se reuniu pela primeira vezA mesa de negociação de conflitos do Governo do Estado se reuniu nessa quarta-feira, 18 de novembro, no Centro Arquidiocesano de Pastoral, em Mariana, para ouvir as famílias atingidas e a pauta de reivindicações elaborada pelo Movimento de Atingidos por Barragens (MAB) e a Arquidiocese de Mariana, juntamente com as vítimas.
Segundo o presidente da Companhia de Habitação (Cohab), Cláudio Leite, o papel da mesa é resolver conflitos de forma passiva. “Queremos um acordo que atenda todos os lados. Esse é o início dos trabalhos. Iremos realizar essas reuniões em toda a bacia do Rio Doce”. A importância de se colocar no lugar do outro, nesse processo, foi um dos pontos abordados pelo coordenador arquidiocesano de pastoral, padre Geraldo Martins, durante a reunião. “Se não formos capazes de nos colocarmos no lugar dessas pessoas, nós não repararemos definitivamente. Que não nos mova outro sentimento, que não seja o de promoção da vida, em todas as dimensões”. Padre Geraldo disse, também, sobre importância dessa reunião e do diálogo. “Essa reunião é extramente importante, pois ela articular as coisas para que todos sejam direcionadas para a vida. Todos temos que nos desdobrar no esforço do diálogo”. Pauta de reivindicações O representante nacional do MAB, Joceli Andrioli, apresentou a pauta elaborada pelo movimento e a Arquidiocese, juntamente com os atingidos. Moradia digna, verba de manutenção de um salário mínimo para cada atingido, reestruturação das atividades produtivas, levantamento dos danos, plano de recuperação para toda a bacia e a participação dos atingidos, estão entre os pontos solicitados no documento. Clique aqui 1 e leia o documento na íntegra.
Ele apresentou as propostas da empresa, que irá pagar um salário mínimo por família, com acréscimo de 20% por dependente. Alguns questionamentos sobre esse valor foram feitos. No final da reunião, Cláudio ressaltou que eles pretendem estabelecer uma agenda da mesa de negociações na cidade de Mariana e em toda a bacia do Rio Doce. O grupo continuará se reunindo toda quarta-feira, em um os pontos atingidos. Perguntas e dúvidas “Estamos vivendo um momento de perguntas e dúvidas”, disse o atingido Antônio Marcos Souza, 42 anos. “As dúvidas não acabam, são perguntas sem respostas. Por isso eu questionei sobre a situação dos comerciantes. Eles também são atingidos. Como eles vão sobreviver com um salário mínimo? A Samarco fala que nós seremos ressarcidos, mas, eu não vou ter mais o meu quintal, minas galinhas, minhas plantações, minha horta. Tinha tudo isso na minha casa, tudo que eu e minha esposa plantamos. Agora como que nós vamos sobreviver na cidade? O custo na roça era muito menor, aqui na cidade eu não faça a ideia do custo de vida”, ressaltou. Antônio, que sempre morou em Bento Rodrigues, contou que perdeu tudo, mas não perdeu sua fé. “Até a base da minha casa foi arrancada. É muito triste pensar que tudo acabou. Mas eu não perdi a fé em Deus. Pois ali, no Bento, teve um milagre grandioso, onde apareceu dezenas de heróis para salvar a gente”. |
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Post date: 2015-11-19 08:20:22 Post date GMT: 2015-11-19 11:20:22 Post modified date: 2015-11-19 08:52:47 Post modified date GMT: 2015-11-19 11:52:47 |
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