Pe. Geraldo Martins
O Projeto Arquidiocesano de Evangelização (PAE 2016-2020) tem sido muito bem recebido pelas comunidades de nossa Arquidiocese. Percebemos isso no primeiro semestre deste ano, dedicado especialmente à sua apresentação nas cinco Regiões Pastorais pela Equipe Executiva do PAE. Às paróquias, com surpreendente acolhida pelas lideranças, o PAE está sendo levado pelas equipes das foranias, capacitadas nos encontros regionais.
Neste segundo semestre, as atenções se voltam para as assembleias regionais que definirão as ações pastorais a serem implementadas a partir do PAE. Várias paróquias também realizam suas assembleias inspiradas no projeto. Assim, ficam garantidas a unidade e a comunhão de nossa ação pastoral, respeitadas as diferenças que caracterizam a realidade de cada região e paróquia.
Um dos desafios que o PAE nos coloca, nesta fase, é a construção de uma ação integrada que responda, simultaneamente, às cinco urgências da evangelização nele apresentadas segundo as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Como fazer que cada prioridade ou ação pastoral aponte, a um só tempo, para uma Igreja que esteja em estado permanente de missão, seja casa de iniciação cristã, anime biblicamente a vida e a pastoral, teça a rede de comunidades que formam a paróquia e esteja a serviço da vida?
Nos encontros e assembleias de planejamento da ação pastoral, devemos buscar a melhor resposta a essa pergunta, vencendo a tendência de departamentalizar as urgências, dedicando um tempo para cada uma delas, como se pudessem ser vividas separadamente. Cada atividade pastoral assumida nas várias instâncias deve, portanto, contemplar as cinco urgências de maneira simultânea.
Na tentativa de dar um exemplo, imaginemos que a comunidade defina como prioridade pastoral a família. Nesse caso, cada proposta de ação para implementação dessa prioridade deve trazer dentro de si, de forma explícita ou implícita, a semente da missão, da iniciação cristã, da inspiração bíblica, do ideal de vida em comunidade, do compromisso na defesa da vida. Dizendo de outra maneira. Ao se definir uma ação pastoral, é preciso se perguntar: como essa ação responde às cinco urgências da evangelização?
É importante dizer que a resposta ficará mais fácil se nossos encontros e assembleias pastorais forem precedidos de um sólido processo que garanta a participação de todos. Uma assembleia de pastoral não nasce da noite para o dia. É preciso fazer um caminho como, por exemplo, estudar bem o PAE, montar equipes e capacitá-las para elaborar um bom material que ajude as comunidades a entenderem o que se deseja, realizar assembleias comunitárias assessoradas por equipes especialmente preparadas para esse fim.
Essa é a tarefa que o PAE nos inspira a partir de agora. O Espírito Santo, protagonista da evangelização, assista-nos com sua luz e sabedoria a fim de cumprirmos bem esta nossa missão.