Leigos e leigas da arquidiocese de Mariana estiveram reunidos no último sábado (30), em Ponte Nova, para participar da XII Assembleia Geral Ordinária do Laicato e do XXIII Encontro Arquidiocesano de Leigos. O encontro, que reuniu cerca de 70 delegados, representando as cinco regiões pastorais, padres e seminaristas, aconteceu em preparação para o Ano Nacional do Laicato.
Refletindo sobre o tema "Cristãos leigos e leigas nos tempos de Francisco", a assembleia teve assessoria do padre Adilson Couto. Em sua fala, o sacerdote disse que falar dos leigos é falar de comunhão eclesial. “O Papa Francisco acentua muito o batismo como fonte da vocação cristã e também do protagonismo dos leigos e leigas na missão, enquanto discípulos de Jesus Cristo vivenciando a graça batismal numa pertença incorporação à Igreja e assim vivendo o testemunho nos diversos ambientes, com coragem, com ousadia, sempre com a consciência do núcleo principal da fé cristã, que é o anúncio de um Deus misericordioso”, afirma.
Padre Adilson ressalta que os leigos e leigas não são membros de segunda categoria. “Pelo batismo todos pertencemos ao povo santo e fiel de Deus na Igreja. Estamos em comunhão e temos a mesma dignidade. Dignidade de fé, de filhos e filhas, consagrados pelo batismo. Este é o
horizonte, que nos convida a uma conversão pastoral missionária para vivermos a proposta do reino, do evangelho”, acrescenta.
Segundo ele, falar dos leigos e leigas no tempo de Francisco é falar, também, de toda a reforma eclesial que o Papa deseja. “A reforma de Francisco, a Igreja desejada por Francisco é uma Igreja missionária, uma Igreja colegial, uma Igreja profética, misericordiosa, enculturada, uma Igreja que busca viver pobre para os pobres”, finaliza.
Para o presidente do Conselho Arquidiocesano do Laicato (CLAM), Fábio Silva, Francisco vem convidar a todos a se inserirem na sociedade como Igreja em saída. “Esse convite do Papa é mais do que com palavras. É com as suas ações e exemplos. A gente vê, com muita alegria, cada gesto, cada atitude que o Papa realiza, assim como as propostas que ele fez do Ano da Misericórdia, dos encontros de movimentos populares, como celebrar o dia Mundial dos Pobres. Então, este tema foi pensando para a gente celebrar essa alegria de ser cristão leigo e leiga nesses tempos, nessa atmosfera nova que o Papa Francisco vem propor a nossa Igreja”, explica Fábio.
Ano do Laicato
A Igreja do Brasil vai viver o Ano Nacional do Laicato, que tem sua abertura marcada para a festa de Cristo Rei, que este ano será celebrada dia 26 de novembro e segue até a mesma data em 2018. Segundo Fábio, todas as atividades e encontros realizados pelo CLAM estão sendo planejas em preparação para viver bem o Ano do Laicato.
“Nós queremos motivar a maior parte dos leigos e leigas de nossa arquidiocese para celebrar este ano. Despertando em cada um o protagonismo, o ser sal e luz, a importância de estar na Igreja e estar na sociedade. Motivando os leigos a assumirem cada vez mais papeis de liderança e coordenações. E nós acreditamos que essas coisas serão possíveis com uma boa vivência do Ano do Laicato”, disse.
Várias atividades estão sendo planejas pelo CLAM para o serem realizadas durante o ano. “Estamos preparando, com muito carinho, o Ano do Laicato. Iremos realizar o próximo seminário bem no começo do ano, para motivar os leigos. E a abertura arquidiocesana do Ano ser na assembleia arquidiocesana só reforçam o apoio da Igreja particular de Mariana ao laicato”, acrescenta. O seminário do laicato em 2018 será realizado nos dias 9 a 12 de março. Outras informações sobre esta data serão divulgadas em breve.
Durante a Assembleia Geral Ordinária do Laicato e o Encontro Arquidiocesano de Leigos promovidos nesse sábado (30) foram realizados, também, trabalhos em grupo para os participantes apontarem a realidade onde o leigo está inserido nos dias de hoje.
