Com a casa de eventos lotada, os seminaristas da Comunidade de Filosofia do Seminário São José e a Faculdade Dom Luciano Mendes (FDLM) apresentaram na última sexta-feira (6), no Teatro Sesi, em Mariana, o espetáculo teatral “O Auto da Compadecida”. Os ingressos esgotaram já na manhã de sexta-feira.
Todo o valor arrecado com a iniciativa foi destinado à Comunidade da Figueira, casa de apoio às pessoas com deficiências físicas e/ou mentais, fundada por Dom Luciano Mendes de Almeida em 1990. Segundo o seminarista do 3º ano de Filosofia que interpretou o personagem João Grilo, Emanuel Tadeu, o objetivo principal do espetáculo era ajudar a Comunidade, mas também homenagear a Nossa Senhora, neste Ano Mariano da Igreja Católica no Brasil, e fazer reverência à literatura brasileira, na pessoa de Ariano Suassuna. “Foi uma grande alegria porque, além de fazer um personagem divertido, eu tive a oportunidade de, com a arte, fazer uma obra de caridade”, destaca o seminarista.
Solange Ribeiro dos Santos Reis, coordenadora da Comunidade Figueira, ficou encantada com a apresentação dos seminaristas. “Foi magnífico. Sinto que é a mão de Dom Luciano nos ajudando. Os seminaristas têm um carinho muito grande com a comunidade, sempre estão lá para ajudar, eles têm muito amor e muita dedicação ao que fazem”, afirma. Segundo ela, as apresentações dos seminaristas estão se tornando tradição para a comunidade e não são poucos os que perguntam quando será a próxima.
Representando a Comunidade da Figueira, no primeiro banco do teatro, estavam os três usuários: Camila, Liliane e Amerildo. Ao lado deles estava o arcebispo de Mariana, Dom Geraldo Lyrio Rocha, que parabenizou os artistas. “Quero dizer apenas duas palavras: parabéns e muito obrigado. Parabéns pela qualidade da peça e muito obrigado pelo gesto de solidariedade”, disse Dom Geraldo ao final da peça.
A apresentação teve o apoio da Gráfica Dom Viçoso, Photo Carmo, Comunidade da Figueira e Sesi.
Auto da Compadecida
A peça foi baseada livremente no livro de Ariano Suassuna e no filme de Guel Arraes que conta a história de personagens simples do interior nordestino que apesar da seca e dos muitos sofrimentos, não deixam a tristeza invadir o coração e sempre arranjam uma forma de escapar das dificuldades, principalmente João Grilo e Chicó, figuras centrais no enredo. O auge da peça é o julgamento de João Grilo e outros personagens, em que o poder da Compadecida é manifesto como a fiel intercessora do povo de Deus.
Colaboração: Seminário São José | Foto: César do Carmo