Três conferências marcaram o segundo dia do Congresso Arquidiocesano da Catequese, em Conselheiro Lafaiete, nessa sexta-feira (3). A primeira conferência abordou sobre a “Dimensão Biblíco-Catequética” e foi ministrada pelo coordenador arquidiocesano de pastoral, padre Geraldo Martins Dias. A segunda, “Catequese e Evangelização”, foi trabalhada pelo padre Lúcio Álvares Marques e a terceira, "Catequese e a Bíblia", apresentada pelo vigário geral da arquidiocese, monsenhor Celso Murilo Souza Reis.
“Este congresso nasce em um contexto muito importante, nas vésperas do Ano Nacional do Laicato. E ele tem uma proposta ousada de trazer leigos e leigas que fazem catequese. Aqui, nós temos convidados que são agentes da pastoral do batismo, pastoral familiar, grupos de reflexão e liturgia”, disse padre Geraldo Martins. Segundo ele outra ousadia desse encontro é provocar a discussão e o debate sobre a organização da Dimensão Bíblico-Catequética, no contexto de implantação do Projeto Arquidiocesano de Evangelização (PAE 2016-2020).
Durante sua fala, padre Geraldo fez memória da história da catequese na Igreja para refletir sobre a atual realidade da Dimensão Bíblico-Catequética, além de citar o Plano Arquidiocesano da Catequese. “O Plano Arquidiocesano de Catequese, no auge de seus 11 anos, é reflexo da organização da Dimensão Bíblico-Catequética na arquidiocese e do comprometimento dos nossos catequistas. Ainda que a aplicação do plano se constitua como um grande desafio para inúmeras paróquias, ele é referência segura de uma catequese que leva as pessoas a uma autêntica experiência de fé”, disse.
Entre os desafios apontados por padre Geraldo Martins, destaca-se o de afirmar quem são os catequistas. “Consideramos catequistas aqueles que preparam as crianças e os adolescentes. E temos dificuldade de considerar catequistas aqueles que preparam os padrinhos, os noivos”, relatou.
Catequese e evangelização
A segunda conferência do dia foi conduzida pelo padre Lúcio Álvares Marques. Ao refletir sobre a Catequese e Evangelização, o presbítero ressaltou que a catequese é feita para se aproximar do evangelho e que é preciso ouvir a palavra de Deus para realizar o anúncio.
“Se nós não pararmos para ouvir, nós não descobrimos o amor. Descobrir o amor é deixar o outro falar. É ser servidor da palavra de Deus. Pois, evangelizar significa, essencialmente, levar a palavra de Deus”, disse.
Catequese e a Bíblia
O vigário geral da arquidiocese, monsenhor Celso Murilo Souza Reis, foi o responsável por encerrar o bloco das conferências. Seu tema de reflexão foi “Catequese e a Bíblia”. Segundo monsenhor Celso, “a bíblia não é um livro qualquer. Ela é vida e experiência de uma vida de fé”.
“Para valorizar a palavra nós temos que ouvir a sua voz. Precisamos ter postura de discípulo e acolher sempre com generosidade. Antes de ser livro, a bíblia é experiência de vida. Não podemos olhar para ela como uma crônica do passado”, afirmou. Monsenhor Celso ressaltou que o “uso da bíblia na catequese precisa ser de tal maneira, que a pessoa possa se reconhecer na bíblia”. Para ajudar nessa vivência da palavra, ele acrescentou que deve existir familiaridade, liberdade e a fidelidade para usar a palavra.