Ano da Vocação Sacerdotal

22/08/2016 às 10h14

A Arquidiocese Mariana viverá de agosto de 2016 a agosto de 2017 o Ano da Vocação Sacerdotal. A iniciativa tem como motivação a celebração dos cinquenta anos de ordenação presbiteral de nosso arcebispo que ocorrerá em 15 de agosto de 2017. Ao longo deste ano, portanto, faremos chegar a Deus nosso louvor pelo sublime dom do ministério sacerdotal dado à sua Igreja e, ao mesmo tempo, nossa súplica por mais operários para a messe.

 

Qual deve ser o perfil de padre para os tempos atuais? O Documento de Aparecida (n. 199) responde dizendo que o povo de Deus tem necessidade, em primeiro lugar, de presbítero discípulos, com “profunda experiência de Deus” e que busquem tornar seu coração igual ao do Bom Pastor. O presbítero-discípulo faz da Palavra de Deus e da Eucaristia, o indispensável alimento de sua vida, diz o documento.

 

Temos necessidade, além disso, de presbíteros-missionários, zelosos no cuidado do rebanho, fiéis pregadores da Palavra de Deus e atentos à comunhão eclesial. Em terceiro lugar, precisamos de presbíteros-servidores da vida, que voltem seu olhar especialmente para os pobres e não tenham medo de tomar a defesa dos mais fracos. Finalmente, presbíteros tomados de misericórdia, que vão ao encontro dos que perderam o sentido da vida para lhes comunicar o infinito e profundo amor de Deus.

 

Nossa Arquidiocese, ao longo de sua história, é agraciada com abundantes vocações sacerdotais. No entanto, o número de padres é ainda insuficiente tanto aqui, quanto no Brasil e na América Latina como reconheceram os bispos na Conferência de Aparecia em 2007. Por isso, estimularam comunidades a rezarem pelas vocações sacerdotais (Dap 253) a fi m de que não lhes falte o alimento da fé.

 

Na exortação apostólica Alegria do Evangelho, o papa Francisco também lembra a escassez de padres. Segundo afirma, muitas vezes isso se deve à falta de ardor apostólico nas comunidades. “Onde há vida, fervor, paixão de levar Cristo aos outros, surgem vocações genuínas. Mesmo em paróquias onde os sacerdotes não são muito disponíveis nem alegres, é a vida fraterna e fervorosa da comunidade que desperta o desejo de se consagrar inteiramente a Deus e à evangelização, especialmente se essa comunidade vivente reza insistentemente pelas vocações e tem a coragem de propor aos seus jovens um caminho de especial consagração” (EG 107).

 

O papa adverte, no entanto, que é necessária cuidadosa escolha dos que são chamados para tão sublime ministério. “Não se podem encher os seminários com qualquer tipo de motivações, e menos ainda se estas estão relacionadas com insegurança afetiva, busca de formas de poder, glória humana ou bem-estar econômico” (EG 107).

 

Com o passar do tempo, parece mesmo ter rareado a oração pelas vocações sacerdotais tanto nas comunidades como nas famílias. Que o Ano da Vocação Sacerdotal em nossa arquidiocese nos ajude a retomar esta prática e a nos comprometer cada vez mais com formação de nossos presbíteros a fim de que sejam discípulos, missionários e servidores da vida.

 


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