“Questões de administração paroquial e a reforma do estatuto das paróquias à luz do acordo Brasil/Santa Sé” é o tema da Formação Permanente do Clero da arquidiocese iniciada nessa segunda-feira (6), na Casa de Encontro Bom Jesus, em Congonhas. Em sua terceira edição, a formação conta com a assessoria do Departamento Jurídico da Arquidiocese.
Para o representante arquidiocesano dos presbíteros, padre Edmar José Silva, é necessário oferecer formação ao clero com temas pertinentes ao exercício ministerial. “Além de toda a nossa função pastoral, a nossa função sacramental, nós temos um papel administrativo nas paróquias e é muito importante nós termos uma formação adequada para cuidar dessa dimensão na vida paroquial”, relata.
A formação permanente do clero é uma proposta que surgiu do projeto de Pastoral Presbiteral e ela é destinada aos padres e diáconos da arquidiocese de Mariana. Neste ano, o encontro conta com mais de 40 participantes.
O vigário episcopal da Região Leste, cônego Lauro Versiane, reforça que essa formação é uma necessidade permanente do clero. “Ninguém está pronto e os desafios que existem nas realidades onde atuamos sempre pedem uma atualização para enfrentá-los. Essa é, também, uma grande oportunidade que nós temos de encontro, de confraternização e de continuar a nossa formação diante desses desafios. Neste anos nós tratamos da questão da administração paroquial, hoje, sobretudo os aspectos jurídicos da administração. Nenhum de nós tem especialização nesta área, então essa formação vai nos ajudar a lidar melhor com a realidade administrativa de nossa paróquia”, afirma cônego Lauro.
Segundo padre Luciano da Silva Roberto, da paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Senador Firmino, na Região Centro, é uma grande alegria participar dessa formação. “É uma alegria muito grande está aqui com os padres, sobretudo refletindo sobre este tema da administração paroquial. Nós sabemos que toda a administração paroquial está envolvida em vista da pastoral, da evangelização. Então, isso nos ajuda a melhorar, também, tudo aquilo que envolve a pastoral e a evangelização”, conta padre Luciano.
Padre José Afonso Lemos, pároco da paróquia São Silvestre, em Viçosa, Região Leste, ressalta que mesmo a função do padre seja ser pastor, a paróquia se torna também, uma espécie de empresa, que tem as suas obrigações trabalhistas. “Para a gente administrar melhor este encontro vai nos ajudar muito nesse conhecimento da lei e na sua aplicação correta”, acrescenta.
Para o padre Magno Murta, pároco da paróquia Cristo Rei, em Ouro Preto, Região Norte, o tema dessa formação é muito importante. “Esse tema é importante porque nós estudamos muito a filosofia, a teologia e claro que fica sempre uma lacuna muito importante na questão administrativa. Então é importante alguns esclarecimentos, principalmente neste momento que nós vamos vendo o acordo Brasil/ Santa Sé, para que a gente possa alinhar as notas para o bem de todos’, finaliza.
O primeiro dia da formação contou com a abertura do arcebispo de Mariana, Dom Geraldo Lyrio Rocha, e com as falas dos representantes do Departamento Jurídico da Arquidiocese, que trabalharam sobre o que é justiça, os seus vários aspectos, os sentidos das leis, e de todos os caminhos para se buscar a justiça. Uma missa também fez parte da programação da segunda-feira. A formação segue até quarta-feira (8) e conta, também, com a presença do bispo emérito de Divinópolis, Dom Belvino.