5° Tributo a Dom Silvério será celebrado em Congonhas

20/11/2017 às 13h38

O legado de Dom Silvério, primeiro arcebispo da arquidiocese de Mariana, será celebrado durante o 5° Tributo dedicado a esse congonhense, que foi o primeiro bispo negro da Igreja Católica. A homenagem será realizada nos dias 21 e 22 e faz parte das comemorações pelo Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro. O evento é promovido pela Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em parceria com a FUMCULT e as secretarias municipais de Educação e Cultura.

Segundo o pároco de Nossa Senhora da Conceição, padre Paulo Barbosa, a realização deste tributo é uma grande honra. “Este é um momento de relembrarmos a figura de Dom Silvério na cidade de Congonhas e na arquidiocese. Mas, também, o tributo serve para refletir sobre a Semana da Consciência Negra, o combate ao racismo e ao preconceito, as injustiças sociais que infelizmente imperam este país. Dom Silvério representa as vitória de uma pessoa nos âmbitos religiosos, culturais e políticos", afirma.

Na programação será celebrada uma missa na igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição nesta terça-feira (21), às 18h30. Após a celebração, será realizada uma apresentação do grupo de congado Marujos de Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia. Na quarta-feira (22), o Museu de Congonhas recebe, às 17h30, uma mesa-redonda, com o tema “Silvério de Congonhas, uma trajetória de vida”. O bate-papo terá a participação de Maria do Carmo Dias Camelo, André Candreva, Paulo Henrique de Lima Pereira, Cláudio Riomar e mediação da secretária municipal de educação, Maria Aparecida Resende. Alunos da E.M. Fortunata de Freitas Junqueira farão uma apresentação. Em seguida, os participantes poderão visitar a exposição “Silvério das Gerais: o bispo, o negro, o sábio”. Já às 20h, terá show de Nhandú Carvalho e Banda.

Dom Silvério

Dom Silvério Gomes Pimenta (1897-1922), nasceu Congonhas. ex-aluno do seminário onde foi recebido por Dom Viçoso, de quem era afilhado, tornou-se ilustre pelo seu saber e santidade. Eleito duas vezes Vigário Capitular na vacância da Sé. Mais de uma vez esteve em Roma e em Jerusalém. Participou do Concílio Plenário Latino Americano em Roma (1899). Eleito e empossado membro da Academia Brasileira de Letras. Foi Bispo-Auxiliar de Dom Benevides (1890-1896) Com a morte de Dom Benevides, Dom Silvério tornou-se Bispo Diocesano de Mariana. Promovido a Arcebispo de Mariana em 1906, encetou com grande esperança o processo de Beatificação de Dom Viçoso. Cercou de cuidados o Cabido, a Cúria, o Seminário e o Clero.

Muito batalhou pela imprensa, com livros e jornais (O Viçoso, Boletim Eclesiástico). À custa de muito empenho, conseguiu a preciosa colaboração de religiosos que foram bem acolhidos no bispado. Sagrou bispos e ordenou 207 padres. Com muitas iniciativas, lutou para melhorar o patrimônio da Arquidiocese, visando sobretudo a manutenção do Seminário. Seu nome permanece ainda ornado de merecida honra e respeito.


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