A viagem do Papa Francisco a Mianmar terminou nesta quinta-feira, 30, sendo o último compromisso do Pontífice no país a missa com os jovens. Mas a viagem já tem um balanço. No início da noite dessa quarta-feira (29), o diretor da sala de imprensa da Santa Sé, Greg Burke, realizou, com o porta-voz da Conferência Episcopal Birmanesa, padre Mariano Naing, uma coletiva de imprensa com a participação da presidência dos bispos.
Na definição de Burke, esta viagem pode ser resumida com uma única palavra: unidade. “Unidade na diversidade, como disse o Papa Francisco tão bem com os líderes religiosos. Unidade no sentido de uma pequena Igreja que trabalha com os outros pelo bem do país, como ouvimos na missa desta manhã e na reunião muito bonita desta noite com os bispos: um dia muito importante para a Igreja em Mianmar, diria histórico. E, finalmente, unidade em trabalhar juntos, como disse no importante encontro com os budistas, como devemos trabalhar juntos pela paz e os direitos humanos”.
Cada um dos bispos presente tomou a palavra para expressar o seu momento mais significativo desta visita, mas a coletiva de imprensa foi em grande parte dominada pela questão dos muçulmanos na fronteira com Bangladesh, próxima etapa da viagem.
Os jornalistas perguntaram se o Papa solicitou explicitamente visitar a região da crise e por qual motivo ele não citou a minoria muçulmana. Tanto padre Mariano quanto Greg Burke responderam que a viagem não foi planejada sobre o tema dos refugiados.
Burke acrescentou que a diplomacia vaticana “não é infalível”, mas que somente metade da viagem foi cumprida, portanto é preciso esperar pelos demais eventos e reiterou: “O Papa constrói pontes”.
Papa Francisco chega a Bangladesh
O Papa Francisco deixou Mianmar, nesta quinta-feira (30), e se dirigiu para Bangladesh, segunda etapa de sua 21ª viagem apostólica internacional. O avião papal aterrissou no aeroporto internacional de Daca às 5h da manhã, horário de Brasília. Ao descer do avião, o Papa foi acolhido pelo Presidente bengalês, Abdul Hamid. Duas crianças, com vestidos tradicionais, ofereceram ao Papa flores e um vaso de terra que foi abençoado pelo Pontífice. Acolheram também o Papa demais autoridades políticas e civis, bispos, fiéis e quarenta crianças que executaram danças tradicionais.
Após a cerimônia de boas-vindas, no aeroporto de Daca, o Santo Padre visitará o Memorial Nacional dos Mártires, em Savar, fará uma homenagem ao Pai da Pátria no Bangabandhu Memorial Museum e assinará o Livro de Honra.
A seguir, haverá a visita de Cortesia ao Presidente no Palácio Presidencial e, por fim, o encontro com as Autoridades, com a Sociedade Civil e com o Corpo Diplomático no Palácio Presidencial.
Antes de deixar Mianmar, o Papa Francisco doou, ao Arcebispado de Yangun, um escultura que representa São Francisco de Assis durante a proclamação do famoso “Sermão das Aves”, símbolo de fraternidade entre o ser humano e a Criação.
Fonte: Canção Nova Notícias