A participação dos leigos, lideranças, sindicatos e movimentos tem marcado o processo de construção da 28ª Romaria dos Trabalhadores e Trabalhadoras da arquidiocese. Na noite dessa quinta-feira (4) foi realizada a 7ª reunião em preparação à Romaria, na paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Congonhas. A conversa contou com a participação de 50 pessoas, entre elas o vigário episcopal da Região Oeste, padre Geraldo Souza, o coordenador arquidiocesano de pastoral, padre Geraldo Martins, o coordenadores da Dimensão Sociopolítica, padre Marcelo Santiago e o pároco anfitrião, padre Paulo Barbosa.
“Pouco a pouco, vamos construindo, num processo envolvente e participativo, nossa próxima romaria dos trabalhadores que deseja ser não só um evento, mas engendrar um processo de maior organização e mobilização social do nosso, à luz da fé e da cidadania, na defesa de direitos e conquistas trabalhistas, em prol da dignidade do ser humano, defesa de nossa casa comum e construção permanente da sociedade justa e fraterna”, disse padre Marcelo.
A reunião foi iniciada com as orações e um momento de formação, atividade comum em todas os encontros. O grupo refletiu sob a coordenação do Movimento Evangélico Popular Eclesial (MEPE), a luz de textos e depoimentos, sobre o tema "A justiça do Reino produz sinais concretos". Em seguida, foi deliberada à produção de cartaz, folheto informativo da romaria, realização de seminário preparativo e missões, com a constituição de equipe de coordenação e subequipes para o encaminhamento de decisões.
Para padre Paulo, o processo de formação, durante essa preparação, também sido um destaque. “Nessa reunião, nós demos sequência a importância de discutir a questão da mineração na região, os aspectos mais questionadores e a situação da barragem de Congonhas, a acomodação das pessoas e a busca de encorajamento. Pensamos em formas de conscientização, com panfletos explicativos e uma grande mobilização”, explica padre Paulo.
Tema
Realizada anualmente no dia 1° de maio, a próxima Romaria volta a ser itinerante e será realizada na cidade de Congonhas. A edição deste ano terá como tema “Mineração para que e para quem?” e o lema “Por uma Economia a Serviço da Vida”.
Para Whelton Pimentel, o fortalecimento das ações de luta, seja dos sindicatos ou dos trabalhadores, se fez carne no tema e lema desta 28ª Romaria. “Esta temática vai fazer com que nós, não só denunciemos, mas sejamos profetas de uma nova sociedade, que vai encarar o seus problemas para que as novas gerações não sejam escravas dos donos da mineração”, disse.
Seminário
Neste ano, um Seminário, em vista da Romaria, será realizado no dia 10 de março, em Itabirito. Este Seminário tem o objetivo de aprofundar o tema é o lema da Romaria, conscientizando e mobilizando lideranças, grupos e comunidades para o compromisso com uma economia a serviço da vida.
“Tão logo, estará chegando o convite às lideranças e comunidades. O foco desta romaria é a mineração e os impactos socioambientais que ela traz. Desde já, agende estas datas. Esperamos por vocês, participando do Seminário em Itabirito e das reuniões mensais em Congonhas e, sobretudo, da 28ª Romaria Arquidiocesana dos Trabalhadores e Trabalhadoras”, finaliza padre Marcelo.
A próxima reunião está agendada para o dia 6 de fevereiro, em Congonhas, no salão de reuniões da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, às 18h. As reuniões são abertas à participação.
