O 22º Dia da Vida Consagrada é celebrado nesta sexta-feira (2). Com o tema “Vocações que anunciam a alegria do evangelho e o amor de Deus”, a data instituída pela Igreja tem o objetivo de estímulo e animação para todos os consagrados, religiosos e religiosas e membros de institutos seculares, e das novas formas de vida consagrada.
No Brasil, além da comemoração mundial do dia 2 de fevereiro, é celebrado no terceiro domingo de agosto o dia nacional do religioso e da religiosa. Para o próximo ano, 2019, a Igreja no país celebrará também o ano vocacional, uma iniciativa da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e do Instituto de Pastoral Vocacional (IPV), ao Serviço de Animação Vocacional da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Para marcar a data, o Departamento de Comunicação da Arquidiocese (DACOM) conversou com a irmã Maria das Graças Oliver, da Congregação das Irmãs da Divina Providência, em Mariana:
DACOM: Como a senhora percebeu que a vocação à vida religiosa era o plano de Deus na sua vida?
Irmã Maria das Graças: Durante minha juventude, sentia certo encantamento pelos momentos de orações, pela Palavra de Deus e pela Eucaristia. Portanto, procurei participar de Reuniões do Grupo de Jovens (JTC). Assim, pude amadurecer meu desejo pela Vida Religiosa e buscando na oração e na escuta da Palavra, o discernimento necessário para dar meus primeiros passos em direção da Vida Consagrada Religiosa na qual sempre sonhei.
DACOM: O que é ser uma religiosa?
Irmã Maria das Graças: É uma modalidade de vida, em que as pessoas, em questão, fazem esta opção, que inicialmente, aceitam distanciar de laços familiares e deixar seus trabalhos ou profissões, para se tornarem mais disponíveis para tal seguimento, numa tentativa de despojamento de si e de suas possibilidades no mundo, em vista do segmento de Jesus Cristo, através de um Carisma específico, numa determinada Congregação Religiosa.
DACOM: Quais foram os momentos que mais marcaram a sua vida religiosa?
Irmã Maria das Graças: Foi quando decidi sair da cidade, onde residia, com meus familiares; deixando meu pai, minha mãe e doze irmãos, e fui à uma cidade mais distante, onde iniciei a primeira fase de formação religiosa, o Postulado. Foi uma experiência muito boa, onde fui bem acolhida e pude conviver com outras moças, que lá chegaram com o mesmo ideal. Então passamos durante um ano, convivendo e fazendo parte da Comunidade das Irmãs Carmelitas para iniciar a nossa primeira etapa de formação inicial na Congregação. Foram momentos de muitas Bênçãos e Graça de Deus.
DACOM: A qual congregação a senhora pertence e qual a história dela?
Irmã Maria das Graças: Pertenço à Congregação das Irmãs da Divina Providência; cuja fundadora se chamava Rita de Cássia Aguiar, era brasileira, paulista, viúva e sem descendentes. Aos quarenta anos de idade, escolheu consagrar o” resto de sua vida, em servir a Deus, aos pobres e enfermos, fazendo os “voto de pobreza, castidade, humildade e obediência à Santa Madre Igreja Católica”. Entrou na Ordem Terceira do Carmo, adotando o nome de Maria das Neves” e deixando-se inspirar e orientar pela tradição do Carmelo. Tornando-se assim, pela Divina Providência, a Fundadora da Congregação das Irmãs Carmelitas da Divina Providência. A Congregação foi fundada a 02 de dezembro de 1899
DACOM: Quais são os seus afazeres diários?
Irmã Maria das Graças: Participo dos atos comuns da Comunidade, dentre os quais, temos as Orações comunitárias, Estudos próprios da Congregação, e outras atividades. Estou me organizando em questão de horários, pois cheguei há um mês, aqui em Mariana, e pretendo me dispor de um tempo para dedicar-me em alguma pastoral, que estiver ao meu alcance.
DACOM: Como a senhora veio para Mariana?
Irmã Maria das Graças: A Irmã superiora Provincial conversou comigo, me propôs transferência para uma das Comunidades da Província de Minas. Assim que apresentou-me a realidade de cada lugar, percebi que é aqui, no momento, o lugar que Deus me pede para fazer parte desta Comunidade tão querida de Mariana.
DACOM: Qual recado a senhora deixaria para as jovens sobre a Vocação Religiosa?
Irmã Maria das Graças: Eu diria: Jovens, Vinde e Vede! Vale a pena apostar tudo pela causa de Jesus na Vida Consagrada Religiosa. Estamos de braços abertos para recebê-las com muita alegria! Sejam Bem-Vindas!
