Pastoral Afro-Brasileira prioriza grupos de base nas regiões pastorais em 2018

16/02/2018 às 10h30

Ao completar três anos de articulação da Pastoral Afro-Brasileira (PAB) na Arquidiocese de Mariana, a Comissão responsável, no final de 2017, após avaliação dos avanços e desafios nas regiões pastorais, optou-se por priorizar a organização de grupos de base da PAB neste ano de 2018. Assim, a Comissão de Articulação se reunirá duas vezes este ano em nível arquidiocesano, sendo um encontro em julho e o outro em novembro.

A proposta é que as Comissões regionais da PAB se reestruturem e se consolidem como um grupo articulador nas paróquias e suas comunidades, sendo capaz de identificar lideranças e organizar grupos de base da pastoral em comunidades estratégicas. Desde o início da articulação desta pastoral, uma das prioridades é a organização dos grupos de base, sendo que em 2015 havia uma expectativa muito além das possibilidades da comissão e agora, em 2018, a expectativa é mais realista e o que se busca é a organização de no mínimo dez grupos na arquidiocese, sendo que haveria grupo em cada uma das regiões pastorais da arquidiocese. Ressalta-se que uma das dificuldades de consolidar o grupo de base é conseguir uma liderança que assuma as atividades na comunidade. Necessitamos de capacitação urgente para que as pessoas tenham coragem de assumir a discussão da negritude nas bases. Percebe-se que há um encantamento com a proposta da PAB, porém, ainda há o medo de assumir essa novidade.

Outra proposta importante é ampliar o diálogo com o clero marianense, pois quando há o diálogo, há grande aceitação e vontade de conhecer melhor a PAB. Temos encontrado bastante apoio, mas estamos limitados quanto ao número de pessoas dispostas a contribuir com as visitas locais. Também vimos a necessidade de dialogarmos com as pastorais da Juventude e Carcerária. Já foram dados pequenos passos neste rumo.

Há ainda uma orientação para que as lideranças da PAB busquem espaços nos Conselhos Comunitários e Paroquiais, assim como a Comissão Regional deve buscar espaço junto ao Conselho Regional de Pastoral para disseminar a proposta da PAB e viabilizar o apoio necessário para sua articulação nas bases.

Além das estratégias de articulação e organicidade que devem ser consideradas, a Pastoral Afro desde o início de sua articulação, elegeu alguns temas importantes que deverão permear toda a caminhada e mobilização dos grupos de base, quais sejam: Diálogo com a juventude, formação/capacitação em vários aspectos, em especial, liturgia inculturada e sincretismo religioso, aprofundamento da mística e de cantos afros. Caberá às regiões pastorais discutir as melhores formas de aprofundar o debate sobre os temas priorizados.

Em 2018, as regiões Leste e Norte já se reuniram para planejar suas atividades e apresentaram os respectivos calendários. A expectativa é que em julho, as regiões apresentem as conquistas do primeiro semestre e a partir daí, seja feita nova avaliação e, se necessário, discussão de novas estratégias de articulação dos grupos de base.

 

Comissão de Articulação da Pastoral Afro-Brasileira na Arquidiocese de Mariana


Voltar

Confira também: