Dom Geraldo apresenta dinâmica da 56º Assembleia Geral da CNBB em coletiva de imprensa

12/04/2018 às 08h30

O arcebispo de Mariana, Dom Geraldo Lyrio Rocha, apresentou a dinâmica da 56º Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na tarde dessa quarta-feira (11) em uma coletiva de imprensa realizada no Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida do Santuário Nacional de Aparecida (SP). O arcebispo de Porto Alegre (RS), Dom Jaime Splenger, e o bispo de Osasco (SP), Dom João Bosco Barbosa de Souza, também participaram da coletiva.

A conversa teve início com a fala de Dom Geraldo, que fez a contextualização e explicou detalhadamente a maneira como funciona as assembleias gerais da CNBB. “É a assembleia que congrega os pastores da Igreja católica no Brasil. Por isso, esta assembleia é um evento eclesial. Aqui estão reunidos os pastores do povo de Deus que constituem a Igreja católica”, disse.

O arcebispo de Mariana ressaltou que a pauta da Assembleia é extremamente grande, mas é marcada por um clima de oração. “Serão dez dias de muito trabalho marcados pela oração. Porque estamos aqui movidos pela fé e estamos em nome do próprio Senhor Jesus. Nós iniciamos os trabalhos, em cada manhã, com a celebração da missa na Basília de Nossa Senhora Aparecida e temos os nossos outros momentos de oração. Interrompemos os nossoS trabalhos no sábado e no domingo para um tempo de recolhimento, meditação e interiorização. Estamos em clima de trabalho, mas envolvidos pela oração”, afirmou.

Dom Geraldo também explicou que outros assuntos, como a realidade eclesial, fazem parte da pauta da 56º Assembleia Geral da CNBB. “Neste ano nós vamos refletir sobre a presença da Igreja na cidade. É um desafio muito grande essa presença e atuação da Igreja no mundo urbano. Porque o fenômeno urbano não se esgota nos limites de uma cidade, mas ele se estende e se amplia”.

O bispo de Osasco (SP), Dom João Bosco, reforçou o assunto e disse que a presença da Igreja nas cidades é desafiadora no sentido de que a Igreja vem de uma experiência de cultura onde o meio rural era muito forte, mas agora existe o trabalho nas grandes concentrações urbanas.

Dom João Bosco sublinhou também que a assembleia não trata de assuntos pontuais de uma diocese, mas de assuntos que são necessários e importantes para todos as dioceses do Brasil. "Há uma grande abertura para chegar naquilo que é o essencial, se trata de um evento que tende a buscar essa unidade tão necessária”, relatou.

O Ano do Laicato e a eleição dos representantes da CNBB para o Sínodo da Amazônia em outubro de 2019 e para o Sínodo dos Bispos sobre a Juventude, cujo tema é Fé e a Vocação a ser realizado em outubro deste ano no Vaticano também serão abordados na Assembleia.

Temática principal

A formação dos presbíteros, tema central da edição deste ano, foi apresentada na coletiva pelo arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, Dom Jaime Spengler. Ele explicou que o objetivo da CNBB é adaptar as diretrizes em vigor, aprovadas em 2010, a partir das novas orientações da Congregação para o Clero intitulada Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis, publicada em 2016, levando também em conta o recente magistério do Papa Francisco.

Segundo o arcebispo foi designada pelo conselho Permanente uma Comissão Especial para trabalhar uma proposta de texto para ser apresentado aos bispos e trabalhado ao longo na Assembleia. Esse texto está em sua terceira versão e aborda a chamada formação inicial dos presbíteros, mas também trata da formação permanente dos padres. “O documento abrange toda a vida do presbítero, desde que ele se apresenta como um possível candidato ao seminário até o momento de sua morte”, ressalta Dom Jaime. O documento passará por novas avaliações do episcopado ante de ser submetidas à aprovação.

Fotos: Eduardo Gois/A12


Voltar

Confira também: