O Papa Francisco, sempre antenado, escreve a mensagem do 52° Dia Mundial das Comunicações Sociais. Tem como tema “ A verdade vos tornará livres ( Jo8, 32) e “ Fake News e jornalismo da paz”. O sucessor de Pedro auxilia o mundo das comunicações a se posicionar diante da verdade ou da falsidade do que se coloca nas telas e nos vários meios de comunicação atuais.
A verdade, a bondade e a beleza são objeto do projeto de Deus que não engana nem manipula seus filhos. Ele os criou livres e conscientes para a comunhão das criaturas mas elas podem optar para a divisão e a ruptura com o outro. Informações infundadas levam à distorção e a influências político-econômicas perniciosas à humanidade. Segue-se uma lógica da desinformação e da manipulação que não condiz com a verdade e o bem comum. Caminha-se, no dizer de Francisco, para a intolerância, o ódio e a dilatação do mal. As fake news (notícias falsas) destroem a imagem divina do ser humano. Lares, famílias e povos inteiros ficam à mercê dos interesses maliciosos dos que as utilizam e falseiam a realidade.
O que fazer? Francisco se pergunta, mas coloca o questionamento para seus interlocutores. Buscar atitudes educativas, discernimento e purificar-se pela verdade são antídoto que comungam com o ideal que não falseia nem alicia as mentes. A verdade liberta porque é sólida e confiável. Deus é a única verdade! O papa lembra a palavra do Mestre: “ Eu sou a Verdade” ( Jo 14,6) e essa verdade é que liberta. Ser infiel a ela é isolar-se, alienar e enganar.
A Paz é a verdade que se anuncia. O jornalismo ético e sério se alimenta da verdade e não da mentira ou da falsa informação, porque informar é também formar, segundo Francisco. Bela a oração com que termina o Santo Padre: “ ...Onde houver falsidade, que eu leve a verdade...”. A verdade é libertadora e vence a lógica da serpente da mentira.
Pe. Paulo Barbosa