O Santo Padre presidiu na manhã desta sexta-feira (29), na Praça de São Pedro, à solene celebração eucarística por ocasião da Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo. Os arcebispos de São Paulo e Rio de Janeiro, Cardeal Odilo Pedro Scherer e Cardeal Orani João Tempesta, concelebraram com o Pontífice.
Durante a cerimônia, o Papa entregou os Pálios sagrados aos 30 arcebispos metropolitanos nomeados durante o último ano, entre os quais, o único brasileiro foi o arcebispo de Mariana, Dom Airton José dos Santos.
Em sua homilia, Francisco retomou a tradição apostólica, que acende e revigora a alegria do Evangelho. E precisamente sobre o Evangelho de hoje, pôs em realce a pergunta que Jesus fez aos seus discípulos: “E vós, quem dizeis que Eu sou?”. Tomando a palavra, Pedro respondeu: “Tu és o Messias”, o Ungido, o Consagrado de Deus. E o Papa disse: “Muito me apraz saber que foi o Pai a inspirar esta resposta a Pedro, que via como Jesus “ungia” seu povo. Jesus, o Ungido que caminha, de aldeia em aldeia, com o único desejo de salvar e aliviar quem estava perdido: ungia os mortos, os enfermos, as feridas, o penitente. Unge a esperança! Assim, todo pecador, derrotado, doente, pagão se sentiam membros amados da família de Deus”.
Como Pedro, disse o Papa, também nós podemos confessar, com os nossos lábios e o coração, não só o que ouvimos, mas também a nossa experiência concreta de termos sido ressuscitados, socorridos, renovados, cumulados de esperança pela unção do Santo. E acrescentou, “O Ungido de Deus leva o amor e a misericórdia do Pai até às extremas consequências. Este amor misericordioso exige ir a todos os cantos da vida e chegar a todos, ainda que pudesse colocar em perigo o próprio “nome”, as comodidades, a posição, o martírio”.
Entrevista de Dom Airton ao Vaticano News
Em entrevista ao padre Arnaldo Rodrigues, do Vaticano News, Dom Airton fez uma reflexão sobre o pálio e ressaltou dois aspectos da importância em recebê-lo. “O primeiro é que todo bispo tem jurisdição em sua diocese, ele exerce o seu ministério em uma diocese. No caso do arcebispo metropolitano, ele recebe o pálio porque esse sinal comporta uma jurisdição que o bispo terá em uma província eclesiástica, não é uma jurisdição de governo, mas de cuidar, zelar, para que cada diocese da província esteja bem. O segundo aspecto é que o recebimento do pálio compromete mais o arcebispo com o Santo Padre, por isso, ele recebe das mãos do Papa. O Pálio como essa proximidade no pastoreio do povo de Deus. Talvez este segundo aspecto seja mais profundo, pois, ele não diz respeito ao governo, mas diz repeito a evangelização, a presença, ao acompanhamento”, disse Dom Airton.
Leia a homilia do Papa Francisco na íntegra.
Foto: padre Arnaldo Rodrigues
Com informações do Vaticano News