Uma das obras primas do Barroco Mineiro, a Basílica do Senhor do Bom de Matosinhos, em Congonhas (MG), na Região Pastoral Mariana Oeste, foi reaberta nessa quinta-feira (28), após dois anos e meio de restauração. A obra foi financiada pelo PAC Cidades Históricas, além de outros serviços realizados pela paróquia.
Além da população, estiveram presentes na solenidade o reitor da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, cônego Geraldo Francisco Leocádio, o padre e reitor emérito da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, Benedito Pinto da Rocha, os padres Sérgio Antônio, Geraldo Souza, Paulo Barbosa, José Ferreira da Silva e Rogério, o prefeito de Congonhas José de Freitas Cordeiro, o vice-prefeito, Arnaldo Osório, o presidente da Câmara, Adivar Geraldo Barbosa, o diretor do departamento de projetos especiais do IPHAN, Robson de Almeida, a superintende do IPHAN-MG, Célia Maria Corsino, o secretário de Estado de Cultura, Ângelo Oswaldo de Araújo e o presidente do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), Marcelo Araújo.
Cônego Geraldo Leocádio ressaltou o dia de alegria vivido por todos. “Estamos entregando a nossa Basílica do Senhor Bom Jesus restaurada para a população, para os fiéis que aqui residem e fiéis que vem de outras localidades. Esta é uma das igrejas mais importantes na história de Minas Gerais e do Brasil e agora está toda restaurada, renovada para o culto e ao mesmo tempo para o turismo”, disse.
Ele ressaltou, também, que milhares de fiéis são acolhidos durante o jubileu. “Aqui nos acolhemos os fies, os turistas e os romeiros, sobretudo no nosso jubileu de 7 a 14 de setembro, nessa época mais de 120 mil pessoas passam pela igreja, ela é muito estimada. Então a gente só tem que agradecer a Deus por essa dádiva e ao mesmo tempo reconhecer aqueles que nós ajudaram. O IPHAN, o Ministério Público Federal, a Prefeitura de Congonhas, o suporte do Padre Benedito Rocha e a todos aqueles que de uma forma rezaram e contribuíram fica aqui a nossa gratidão, nossa Ação de Graças e nossa oração”, ressaltou cônego Geraldo Leocádio.
Para celebrar a reabertura da Basílica várias atrações artísticas e culturais da cidade foram apresentadas e os sinos de todas as igrejas foram tocados.
Investimentos
Foram cerca de R$ 2,27 milhões investidos na restauração, realizada por meio do programa Agora, é Avançar, do Governo Federal, por meio do Iphan, com execução da Prefeitura Municipal de Congonhas. O Ministério Público Federal (MPF) também direcionou investimentos de quase R$ 493 mil para o projeto da obra, por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta. Assim, foram dois anos e meio de intervenções, que contemplam os elementos artísticos da Basílica, em uma ação criteriosa e que segue os padrões internacionais de excelência. A paróquia ainda realizou outros serviços, como a pintura da igreja, a recuperação de relicários e imagens, como a do Bom Jesus crucificado, localizado no altar-mor.
Entre as ações realizadas, destaca-se a recuperação de uma pintura do século XVIII nas laterais do camarim do retábulo-mor e simbologia do martírio de Cristo; os quadros da sacristia, nártex, coro e da nave; balaustradas; cimalhas; forros; retábulos laterais e da sacristia; arco do cruzeiro; púlpitos; pias; lavabo de pedra sabão da sacristia; e a cruz de Feliciano Mendes. Durante a obra, foram encontradas pinturas expressivas, como o fundo da pintura do forro da nave que era cinza liso e escondia um céu com nuvens e tonalidades do azul ao rosado e ainda uma pintura sobre tela na parte superior da Cruz, com a representação do Crucificado.
Com fotos e informações da Prefeitura de Congonhas