A fé e a tradição reuniram milhares de romeiros de todo o país na cidade de Congonhas, Região Pastoral Mariana Oeste, durante o Jubileu de Bom Jesus. Desde 1760 as festividades acontecem na Basília entre os dias 7 a 14 de setembro.
Mais de 20 padres da Arquidiocese participaram das celebrações, que tiveram em suas pregações reflexões sobre a Misericórdia. Padre Paulo Barbosa, da paróquia de Nossa Senhora da Conceição, conta que o Fórum Social Pela Vida, o Ano da Vocação Sacerdotal, o Projeto Arquidiocesano de Evangelização e a Romaria ao servo de Deus, Dom Luciano também foram lembrados.
“O Jubileu tem toda uma articulação muito grande, pois ele vai desde ao atendimento dos romeiros, as celebrações, um trabalho com os pobres, e a visita ao Bom Jesus, que é um grande momento, um encontro com a misericórdia”, acrescenta padre Paulo Barbosa.
Grito dos Excluídos
Todos os anos o Gritos dos Excluídos da Arquidiocese de Mariana faz parte da programação do Jubileu do Bom Jesus. A 22ª edição, realizada no dia 7 de setembro deste ano, reuniu mais de 2.000 e teve como tema “A vida em primeiro lugar” e lema “Este sistema é insuportável: exclui, degrada e mata!”.
Para Nicia da Silva da Pastoral Afro e do grupo Alforria, de Conselheiro Lafaiete, participar do Grito dos Excluídos é muito importante. “É preciso estar aqui, pois o nosso grito é contra a exclusão, é a favor dos direitos dos negros, dos excluídos, de ter visibilidade e os direitos preservados”, ressalta.
Vocação e peregrinação
Em comunhão com o Ano Santo da Misericórdia e com o Ano da Vocação Sacerdotal, o Seminário São José, realizou no dia 9 de setembro sua Peregrinação à Basílica do Bom Jesus e a passagem pela Porta Santa. O dia foi marcado por uma reflexão sobre a Misericórdia, na igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição, pelo Sacramento da Penitência e a missa junto aos romeiros do Bom Jesus.
Arte e cultura
Os peregrinos que passaram pelo Jubileu neste ano tiveram a oportunidade de conhecer o recém inaugurado Museu de Congonhas, primeiro museu de sítio do país. Mais de 15 mil pessoas visitam o espaço durante as celebrações.
Com uma exposição fotográfica do francês Marcel Gautherot, os romeiros puderam ver imagens do Jubileu na década de 1940. Essa exposição é fruto de parceria do Museu com o IMS.
A tragédia com o rompimento da barragem de Fundão, em novembro de 2015, também se faz presente no museu. A exposição “Agridoce” do artista Haroon Gunn-Salie, da África do Sul, propõe uma relação entre o colapso em Mariana com a situação de Congonhas, município que é rodeado por barragens semelhantes e guarda a obra-prima do mestre Aleijadinho.
Mais informações sobre as exposições e horário de funcionamento do museu pelo telefone (31)3731-3979.