Regional Leste 2: Congresso reflete sobre missão e misericórdia

O evento está sendo realizado na Diocese de Itabira/Coronel Fabriciano

23/09/2016 às 22h18

Pensar a missão através da misericórdia é uma das propostas do 1º Congresso Missionário do Regional Leste 2 (Minas Gerais e Espírito Santo) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que está sendo realizado na paróquia Cristo Redentor, em Ipatinga (MG). O evento, iniciado na quinta-feira, 22 de setembro, tem como tema “Missão: fruto da Misericórdia” e o lema: “Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio”.

“Eu sempre percebi que o Regional tinha um ardor missionário e tem várias iniciativas que reforçam isso. Este Congresso vem reforçar todo o trabalho missionário que já existe. Além de ser um espaço de troca e partilha”, afirma o padre Sidnei Marco Dornelas, assessor da Comissão para a Ação Missionária da CNBB.

Padre José Geraldo, da diocese anfitriã, conta da alegria em acolher o evento. “A Diocese ganha muito com esse encontro pois provoca um novo ardor missionário e as pessoas da nossa diocese estão muito feliz por poder acolher o congresso, que só vem fortalecer a nossa caminhada missionária”.

Missão e misericórdia

Na manhã dessa sexta-feira, 23 de setembro, os participantes puderem refletir sobre o tema central do Congresso. Padre Sidnei Marco conduziu as reflexões. “Eu acredito que a diferença do leigo para o ministro ordenado é, sobretudo, a vocação de viver a sua fé nos vários ambientes da sociedade. Muitas pessoas acreditam que a vivência da fé está relacionada ao ambiente da Igreja, dentro da paróquia, dentro dos ambientes dos grupos de pastoral, nos momentos de celebração, nos vários ambientes. O leigo tem a possibilidade de viver no ambiente da família, do trabalho, da escola, de lazer, tem o encontro com as várias pessoas, que as vezes o ministro ordenado não tem e são nesses espaços que o leigo precisa experimentar a misericórdia” explica padre Sidnei.

O assessor acrescenta que misericórdia deve ser relacionada com a atitude humana. “Nós relacionamos a misericórdia com uma atitude religiosa e na verdade a misericórdia deveria ser uma atitude humana, porque assim se dá o testemunho daquilo que a pessoa acredita. A pessoa não é só uma superfície religiosa, mas é algo de uma compreensão profunda, que faz com ela possa mostrar o evangelho”, ressalta.

“A missão é o caminho de aproximação com as pessoas”

“A missão é aproximação e como diz o Papa, ela deve nos leva a essa cultura do encontro. Não tem maneira de realizar o encontro com as pessoas, inclusive nos ambientes cotidianos, se não existe essa perspectiva de Igreja em saída. Igreja em saída é exatamente ir ao encontro dos diferentes da gente, de quem pensa diferente, tem culturas diferentes e daqueles que estão afastados da Igreja”, acrescenta padre Sidnei.

O Congresso missionário termina neste domingo, 25 de setembro. Momentos de aprofundamento, reflexão e partilha fazem parte da programação.


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