Refletindo sobre a “desigualdade que gera violência”, o 24° Grito dos Excluídos e Excluídas foi realizado nessa sexta-feira, 7 de setembro, em Congonhas (MG). Centenas de pessoas participaram deste evento de fé e cidadania, que foi iniciado na Praça da Matriz de Nossa Senhora da Conceição. Após falas e apresentações, os participantes saíram em caminhada pelas ruas da cidade, até o Santuário do Bom Jesus, levando faixas e cartazes.
“Todos juntos celebramos mais um Grito dos Excluídos. Elevamos o nosso clamor em favor da vida. A vida em primeiro lugar. A vida do povo e a vida do planeta, nossa casa comum. Neste grito unimo-nos nossas forças para que o projeto de Deus aconteça, que todos tenham vida e vida em abundância”, disse o coordenador da Dimensão Sociopolítica, padre Marcelo Santiago.
Segundo padre Paulo Barbosa, anfitrião do evento, o Grito foi bem preparado e acolhido pelas paróquias de Congonhas. “Tivemos uma boa mobilização e participação. Estamos em um contexto marcado pela violência, a corrupção, a desigualdade e o Grito estava tematizando todos esses assuntos. O nosso povo católico participou, se mobilizou para fazer deste Grito uma expressão em favor da vida. Esperamos que o Grito continue acontecendo, como este forte momento da Dimensão Sociopolítica na arquidiocese”, afirmou padre Paulo.
Para a integrante da Pastoral da Juventude, Edwiges Costa, o Grito foi uma oportunidade de falar sobre as violências que atingem os jovens e as mulheres. “Este é um espaço para fortalecer a nossa luta contra a violência. Pensando no cenário atual, véspera de eleições, ele também é um espaço para refletir e conscientizar sobre a importância do voto”, disse.
Uma missa presidida pelo arcebispo de Mariana, Dom Airton José dos Santos, encerrou o 24° Grito dos Excluídos. Vários padres da arquidiocese participaram da celebração. Na homília, Dom Airton ressaltou que a paz é o caminho para vencer a violência.
“Jesus é chamado o príncipe da paz e nós, de fato, cremos, que Jesus veio trazer a verdadeira paz. A paz é a única coisa que pode vencer a violência. Violência não se combate com mais violência, guerra não se combate com mais guerra. Guerra e violência se combatem com a paz. O mal nós combatemos fazendo o bem e não fazendo o mal. A nossa vida precisa ser um sinal do bem e nós precisamos pedir a Deus muita luz para poder passar por esses momentos difíceis. A Campanha da Fraternidade já abordou isto no começo do ano, nós devemos ser promotores da paz, devemos superar a violência”, pontuou o arcebispo.
No final da celebração, o vigário episcopal da Região Pastoral Mariana Oeste, padre Geraldo Souza, contou da alegria em acolher o Grito dos Excluídos. “A nossa Região Mariana Oeste com alegria vem acolhendo, todos os anos, este evento arquidiocesano, o Grito dos Excluídos. Eu agradeço a coordenação pastoral, a coordenação da Dimensão Sociopolítica por este gesto de confiança e responsabilidade sobre a toda a nossa região depositado neste evento", disse.