Em assembleia realizada no último sábado (29), no Centro Arquidiocesano de Pastoral, em Mariana, os agentes da Pastoral Carcerária elegeram a sua nova coordenadora, Magda de Fatima e Oliveira, da Paróquia Sant’Ana, de Carandaí. Cerca de 40 agentes das regiões estiveram presentes, além de alguns ministros ordenados.
A nova coordenadora assumirá o cargo a partir de janeiro de 2019 e ficará por um período de três anos. “O nosso desejo é caminhar junto com todos os agentes missionários desta pastoral, fortalecendo-os para uma melhor articulação nas regiões”, afirma Magda.
Assembleia
A programação da 4ª Assembleia Arquidiocesana da Pastoral Carcerária contemplou também a avaliação da caminhada até os dias de hoje e o estudo do tema “Profetismo dos cristãos leigos(as) no mundo prisional”.
O Coordenador Arquidiocesano de Pastoral, padre Geraldo Martins, introduziu o tema. “São muitos os lugares que reclamam hoje o nosso profetismo. Por exemplo, o mundo da política, das comunicações, da cultura, da ciência, do trabalho, quantos são desrespeitados em seus direitos? Mas dentro do nosso contexto aqui não é exagero dizer que um dos lugares mais desafiantes para o profetismo é o mundo das prisões porque é um lugar que rigorosamente ninguém quer ir”, revelou.
Em sua reflexão, padre Geraldo Martins abordou quatro pilares que devem caracterizar o profetismo no mundo prisional: Esperança, Justiça, Direitos Humanos e Dignidade Humana. “Uma pessoa que não tem esperança, não vai ser profeta nunca. Quem não tem esperança, não acredita na mensagem que está levando. Se você não tem esperança naquilo que faz, como vai levar a esperança para o presidiário?”, questionou.
Para o assessor da Pastoral Carcerária, padre Geraldo Barbosa, o estudo do tema é importante para a valorização do ser cristão dentro da sua vocação profética. “No presídio, a gente precisa viver melhor essa dimensão profética da nossa fé, da denúncia, daquilo que agride o ser humano, mas também o anúncio da boa nova. Padre Geraldo Martins desenvolveu muito bem essa temática, chamando-lhes atenção dos quatro pilares. Precisamos sempre cultivar a esperança junto à justiça, que não é simplesmente a distributiva, mas a valorização do ser humano para que a lei possa ser não simplesmente aplicada com pena, e também os direitos humanos que precisam ser defendidos e preservados”, ressaltou.