Jornal A Sirene realiza exposição sobre os atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão

08/11/2018 às 12h43

Após mais de dois anos realizando coberturas sobre o rompimento da barragem de Fundão, o jornal A Sirene traz uma série de fotografias em exposição aberta ao público. O evento, com apoio do Coletivo Mídia, Identidade, Cultura e Arte (MICA), foi inaugurado nessa quarta-feira (7) na Casa Cultural, situada na rua Frei Durão, 84, Centro, Mariana/MG. A exposição “Entra pra cá, vem tomar um café”, gratuita e disponível até o dia 12 de novembro, é um convite à comunidade para entender o desastre-crime de Mariana de uma forma mais subjetiva e conhecer as pessoas que tiveram suas vidas alteradas após o desastre.

A exposição

Nesta primeira exposição fotográfica o jornal A Sirene e seus colaboradores selecionaram imagens que contam histórias de pessoas e lugares por onde passaram. O objetivo da mostra é narrar essas histórias através das imagens e contar a realidade sobre o maior desastre socioambiental do país, que matou 19 pessoas. O rompimento da barragem de Fundão, ocorrido no dia 5 de novembro de 2015.

São três anos de poucas mudanças, muitos danos materiais e imateriais às famílias, moradores e moradoras de Minas Gerais e Espírito Santo. Em Mariana, as pessoas atingidas pelo desastre-crime têm vivido em casas provisórias, foram distanciados(as) do convívio diário das comunidades e tiveram suas raízes arrancadas pela passagem da lama. Em Barra Longa e no restante da Bacia do Rio Doce, milhares de pessoas ainda sofrem as consequências, diariamente, deixadas pela lama. São marcas que vão além da mancha marrom que os olhos podem ver nas paredes e ruínas dos locais atingidos(as).

Jornal A Sirene

Desde fevereiro de 2016, o jornal A Sirene tem se comprometido a contar as histórias daqueles que tiveram suas vidas alteradas pela passagem da lama. Construído pelos(as) atingidos(as), A SIRENE surgiu como ferramenta de luta, para registrar os momentos que vieram logo após o rompimento e, também, como garantia do direito à comunicação.

Fonte: Jornal A Sirene

Foto: Tainara Torres 


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