“A assembleia de uma Arquidiocese é uma expressão da Igreja”, anunciou o arcebispo de Mariana, Dom Airton José dos Santos, na abertura da 26ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, realizada nesta sexta-feira e sábado (23 e 24), à luz do tema "Ungidos e enviados para evangelizar os pobres". Mais de 100 representantes de diversas pastorais, associações e movimentos estiveram reunidos no Auditório da Casa de Filosofia do Seminário São José, em Mariana
“Pensar numa assembleia na Arquidiocese inteira é pensar nos desafios. E nós não vamos resolver todos. Vamos caminhando segundo os passos que podem ser dados, não podemos atropelar a história. Temos que dar nossa contribuição dentro do que nós estamos. E a cada ano que a assembleia arquidiocesana se reúne, ela dá uma contribuição positiva”, lembrou o arcebispo, pedindo para que os participantes aproveitassem os momentos para colaborarem de modo significativo.
Dom Airton também pediu para que, ao sair, os participantes não desanimassem. “Quando é que nós vamos compreender tudo aquilo que a assembleia propôs? No dia a dia. Vamos lembrando as conversas, as palavras, o que foi apresentado como proposta. Não é a assembleia que resolve, é a prática. Nós vamos para casa com uma bagagem, um peso enorme nas costas, e lá no trabalho, no dia a dia, nós vamos escolher como vai funcionar. Não nos antecipemos.”
Assembleia
A pedido do Conselho Arquidiocesano de Pastoral, as regiões se prepararam para a assembleia com um subsídio, que foi estudado, analisado e apresentado pelas cinco regiões durante a parte da manhã. O texto que deu base às apresentações tinha o objetivo de avaliar, à luz da Palavra de Deus, a implementação do Plano Arquidiocesano de Evangelização, considerando a acolhida e operalização da periferia pobreza, eleita como prioridade para 2018 na Assembleia Arquidiocesana de 2017.
Também fez parte da programação do primeiro dia o estudo de quatro temas: pobreza, juventude, ano do laicato e análise da metodologia da assembleia pastoral. Padre José Geraldo de Oliveira destacou que a atitude da Igreja, diante de tanta carência e miséria, deve ser de dar testemunho da pobreza no cotidiano. "Esse testemunho se expressa em quê? Tornar-se pobre com os pobres, amar os pobres, superar o assistencialismo, tornar-se próximo daquele que sofre, ir ao encontro deles. Na expressão do Papa Francisco, servir aos pobres como o próprio Jesus", disse e reafirmou a importância de se trabalhar a periferia da pobreza não só neste ano, mas na vida inteira.
Na parte da tarde, os participantes foram divididos em grupos para responder e apresentar as perguntas elaboradas pela coordenação pastoral, a partir das apresentações das regiões. A assembleia foi encerrada na tarde deste sábado, com a votação das propostas.