Com o Tempo do Advento, iniciamos um novo Ano Litúrgico, preparando-nos para as Celebrações do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Esse tempo de preparação para o Natal, inicia-se no primeiro Domingo do Advento e se estende até o dia 24 de dezembro, quando celebramos a Solene Vigília do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo.
“O tempo do Advento possui dupla característica: é um tempo de preparação para as solenidades do Natal, em que se comemora a primeira vinda do Filho de Deus entre os homens e é, também, um tempo em que, por meio desta lembrança, voltam-se os corações para a expectativa da segunda vinda do Cristo no fim dos tempos. Por este duplo motivo, o tempo do Advento se apresenta como um tempo de piedosa e alegre expectativa” (NALC, 39).
Vamos celebrar o Nascimento de Cristo! Sua Encarnação e Sua presença no meio de nós! Esta realidade, constitui um grande mistério: Deus, nosso Pai, envia Seu Filho Unigênito para nos salvar do pecado e da morte e nos resgatar, conduzindo-nos para a realização de Sua promessa.
Em nossa preparação para as Solenidades do Natal, devemos nos esforçar para vencer a tentação do individualismo e do mundanismo. A Oração após a Comunhão da Missa do 1o. Domingo do Advento, nos ajuda a compreender mais profundamente o sentido do tempo do Advento:
“Aproveite-nos, ó Deus, a participação nos vossos mistérios.
Fazei que eles nos ajudem a amar, desde agora, o que é do céu
e, caminhando entre as coisas que passam,
abraçar as que não passam”(Missal Romano, pag. 129).
Na caminhada que fazemos, preparando-nos para celebrar o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, corremos o risco de nos deixarmos enganar pelas propostas de felicidade que o mundo apresenta. Por isso, temos que estar atentos e pedir a Deus que nos “ajude a amar, desde agora o que é do céu e, caminhando entre as coisas que passam, abraçar as que não passam”(cf. Missal Romano, pg. 129). Em outras palavras, ouvindo o que o Papa Francisco tem nos lembrado, não deixemos que nossa preparação e celebração do Natal sejam mundanos; não permitamos que a pureza dos sentimentos de fraternidade e solidariedade, que brotam no tempo do Natal, seja corrompidos por interesses e desejos mundanos; enfim, saibamos acolher Jesus Cristo, Senhor e Juiz da História, nosso Salvador que, “agora e em todos os tempos, vem ao nosso encontro, presente em cada pessoa humana, para que O acolhamos na fé e O testemunhemos na caridade, enquanto esperamos a feliz realização de Seu Reino” (cf. Prefácio do Advento, IA, Missal Romano, pg. 407).