Seminário pensa ações de aproximação entre atingidos e a cidade

Agentes da saúde, educação, igreja, movimentos sociais e atingidos participaram dos debates

06/10/2016 às 13h58

O segundo momento do I Seminário do Fórum Acolher realizado nessa quinta-feira, 5 de outubro, no Centro Arquidiocesano de Pastoral, em Mariana, foi destinado aos trabalhos grupos. “Criação de redes de suporte”, “nossa cidade e alteridade” e “política, direitos e reivindicações” foram os temas debatidos pelos participantes.

Após as conversas, os grupos apresentaram a síntese das reflexões. A fragmentação da rede e a necessidade de uma maior interação entre os vários atores, o fortalecimento do protagonismo dos atingidos, a criação de estratégias de contatos e união, o trabalho voltado para o acolhimento e o pertencimento e a articulação das ações realizadas pelo poder público e a comunidade foram alguns dos pontos ressaltados pelas equipes como necessidades para os próximos passos.

Com objetivo de pensar as interpelações estabelecidas entre as comunidades atingidas e a cidade, buscar a construção de relações de conhecimento, empatia e sensibilização frente as novas configurações sociais, que apresentam desafios oriundos do processo de realojamento e readaptação dos atingidos no novo território, o Seminário reuniu agentes da saúde, assistência, educação, lideranças comunitárias, universidade, igreja e movimentos sociais.

Uma das organizadoras da ação, a psicóloga Débora Rosa, avalia o dia como bem proveitoso.“A gente conseguiu reunir diferentes atores para pensar o processo. Pra pensar qual o contexto é esse que nós estamos vivendo? Quais são os atravessamentos que estão presentes? Como nós podemos pensar efetivamente ações futuras e quais são os direcionamentos que nós teremos enquanto Fórum? Ter essa articulação dos atores para pensar junto essas questões foi muito importante. Iremos, agora, tirar os encaminhamentos e precisamos ampliar o debate”, afirma.

O Fórum Acolher conta a parceira da Arquidiocese de Mariana, o Coletivo Minuto de Sirene, o Movimentos dos Atingidos por Barragem (MAB), o Conselho Regional de Psicologia, a Universidade Federal de Ouro Preto e a prefeitura de Mariana. Uma carta será elaborada e assinada por todos.

“Pelos apontamentos que estamos fazendo, a experiência de trazer pessoas com pontos de vistas diferentes e ao mesmo tempo com falas que já são previsíveis, é um modo, também, de reunir forças para pensar nos próximos passos do nosso trabalho. Essas vivências vão somando e ajudam a melhorar a nossa atuação”, disse Lucimara Muniz, atingida de Bento Rodrigues.


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