A ciranda contra a violência e extermínio de jovens chamou a atenção das centenas de pessoas presentes no IV Prêmio Mineiro de Direitos Humanos, nessa segunda-feira (10), em Belo Horizonte. Cantada pelos jovens da Pastoral da Juventude do Regional Leste 2 da CNBB, entidade agraciada com a honraria, a música recordou uma das principais bandeiras de luta, que fazem a PJ ser lembrada como uma das principais organizações promotoras dos direitos fundamentais.
O evento de condecoração foi realizado no futuro Memorial dos Direitos Humanos – Casa da Liberdade, onde funcionou o antigo DOPS, no período de repressão da ditadura militar. A jovem suplente da cadeira da PJ no Conselho Estadual de Juventude, Edwiges Costa, representou as Juventudes pejoteiras ao receber o prêmio. Representantes da base de vários municípios das (Arqui) Dioceses de Belo Horizonte, Mariana, Oliveira e São João del-Rei participaram da solenidade.
Para o Conselheiro Estadual de Juventude pela PJ, Vinícius Borges, o momento representa uma alegria para grupos de todo Brasil. “O prêmio alegra jovens de todo País, porque é pela história da Pastoral da Juventude em cada canto que nossa bandeira se faz reconhecida como uma promotora dos direitos humanos. Não é um momento fácil, porque há uma onda de ameaças e uma distorção profunda do significado dessas lutas. Porém, sabemos que a radicalidade do Evangelho é a comunhão completa com a defesa dos direitos fundamentais, especialmente daqueles e daquelas que mais são violados em sua dignidade. É por seguir Jesus, Mestre da Justiça e da Paz, que seguiremos denunciando o extermínio da juventude, lutando contra a redução da maioridade penal e nos unindo às companheiras na Campanha Nacional de Enfrentamento aos Ciclos de Violência contra a Mulher”, destacou.
O prêmio foi destinado às organizações que têm contribuição na implementação de políticas públicas de Proteção, Defesa e Promoção dos Direitos Humanos em Minas Gerais. Além da PJ, outras 12 instituições foram agraciadas: Associação dos Assentados Familiar do Assentamento 1º do Sul, Associação dos Bairros de Teófilo Otoni, Associação Nacional de Travestis e Transexuais – ANTRA/MG, Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas – CAA, Centro de Estudos Sobre Justiça de Transição da UFMG, Comunidade Missionária de Villaregia – CMV, Instituto Cultural Boa Esperança – ICBE, Instituto DH , Instituto Educação e Cidadania – IEC, Instituto Henfil – Educação e Comunicação, Movimento Negro Unificado de Divinópolis – MUNDI e Pastoral Nacional de Homens e Mulheres de Rua.
Durante o evento, antigos presos políticos foram convidados para descerrar a placa de inauguração do memorial. A cerimônia marcou ainda do 31º aniversário do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos (Conedh) e o lançamento da Biblioteca On-line da Comissão da Verdade em Minas Gerais (Covemg). O dia terminou com a orquestra jovem sinfonia de Betânia. Comunidade Missionária Villaregia.
Colaborou: Vinícius Borges Gomes
