Nota de falecimento de Dom José Belvino

09/01/2019 às 07h57

A Arquidiocese de Mariana recebeu com pesar a notícia do falecimento de Dom José Belvino, Bispo Emérito da Diocese de Divinópolis, nesta quarta-feira, 9. Dom José Belvino sofreu um infarto e infelizmente não resistiu.  Sua morte foi por volta das 23h, dessa terça-feira (8).

O corpo está sendo velado na Matriz de Entre Rios, onde permanecerá até às 15h. Depois ele será levado para Divinópolis. Em Entre Rio de Minas as celebrações serão às 9h, 11h e 15h.

A primeira missa de corpo presente, em Divinópolis, será na Catedral o Divino Espírito Santo às 21h. Ao longo da noite as missas acontecerão de duas em duas horas. Amanhã a última missa será às 07h. O corpo será sepultado, às 10h, no Santuário Nossa Senhora da Conceição, em Conceição do Pará.

A Arquidiocese de Mariana se une em oração de solidariedade e conforto espiritual com a Diocese de Divinópolis, a sua irmã, Maria das Mercês e seus familiares. “A fé na ressurreição de Cristo, que nos garante a certeza de nossa ressurreição, os reconforte neste momento de dor”.

Dom José Belvino do Nascimento

Dom José Belvino do Nascimento é natural de Marcês, na Região Sul, onde viveu por pouco tempo, cerca de um ano. Mudou-se com a família para Rio Espera-MG; cidade em que morou Antônio Francisco Lisboa, o "Aleijadinho" escultor, entalhador e arquiteto mineiro da arte barroca, considerado o maior escultor do período barroco.

Em Rio Espera, José Belvino passou a infância num ambiente repleto de amor e carinho. Sua família, muito católica e religiosa, teve papel fundamental em sua vocação. Bem cedo ingressou no Seminário, logo após cursar escola primária.

Uma nova etapa na vida de José, que deixa o conforto do lar, o carinho dos pais, para dedicar sua vida a Deus. Uma escolha que sem dúvida nenhuma iria transformar a vida daquela criança humilde da pequena cidade de Mercês.

A vida no seminário serviu para confirmar ainda mais o desejo de se tornar padre; e o tempo tratou de lapidar aquele diamente bruto, é claro, com a ação do Espírito Santo. No dia 02 de dezembro de 1956, na Catedral de Mariana, José Belvino é ordenado Padre.

A ordenação: Naquele tempo não havia ordenação nas paróquias, somente nas Catedrais, e devido à longa distância de Rio Espera a Mariana só os familiares mais próximos puderam participar da festa. Padre José Belvino só pôde celebrar com o povo e o restante dos familiares, no dia 05 de dezembro de 1956, em Rio Espera, três dias depois de sua ordenação, com grande festa preparada pelos fiéis.

"Foi uma alegria para todo mundo, uma grande festa! A gente não esquece nunca, é muita emoção. É mundo novo, a gente fica até 'meio bobo' porque não esperava, não tinha muita esperança de conseguir vencer, e vencemos", afirma, hoje Dom José.

Daí em diante, Padre José Belvino passou a viver intensamente os ensinamentos de Cristo, a propagar o amor fraterno, a promover a partilha ns comunidade como verdadeiro mensageiro da Boa Nova. José fez a opção pelos mais desfavorecidos e buscou, através do sacerdócio, alimentar a fé na presença  viva de Jesus na Eucarístia.

Nomeado Bispo: 24 anos depois após a ordenação de Padre, próximo de completar Bodas de Prata, José Belvino recebe aquele, que sem dúvida, seria dos mais importantes serviços de sua vida: a nomeação de Bispo.

Uma grande festa mobilizou Entre Rios de Minas, na Paróquia de Nossa Senhroa das Brotas, onde trabalhou de 1960 a 1981.

A Consagração Episcopal aconteceu no dia 29 de setembro de 1981, às 10h, na Praça da Matriz. Foi sagrante, Dom Oscar de Oliveira, Arcebispo Metropolitano de Mariana e consagrantes os bispos: Dom José Lima, de Sete Lagoas que foi seu antecessor em Itumbiara e Dom Hélio Gonçalves Heleno, bispo de Caratinga.

Dom  José escolheu como lema “FIDE IN FIDEM” (Fé em Fé – Rm. 1,17).


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