Acabamos de celebrar o dia mundial da Paz no dia 1°. de janeiro. Exatamente neste dia, celebramos, juntamente, a Solenidade da Santa Mãe de Deus, Maria. Duas ocorrências que nos inspiram para buscar compreender e viver a vontade de Deus, no ano que se inicia.
Os votos de paz que dirigimos às pessoas que nos são caras se estendem às instituições, localidades, circunstâncias da vida e do dia a dia, projetos pessoais, comunitários e sociais, enfim, a tudo e a todos, pois, onde cada ser humano se encontra é ali o seu lugar de realização, é ali o lugar onde deve ser sinal de paz.
Para construir, promover e defender a paz, é necessário vive-la. Não existirá paz sem gestos concretos e determinação pessoal. Não existirá paz sem testemunho e coerência de vida, pois a paz brota da justiça e do direito, que se expressam, sem sombra de dúvida, na fraternidade e no respeito pela vida que é Dom de Deus. Assim sendo, na sociedade humana, a atividade política, pode ser um instrumento para a construção da paz social que, de modo, inequívoco pode inspirar e ajudar os cidadãos a serem instrumentos de paz para o bem pessoal, comunitário e social.
Ocorre que, quando a atividade política se reveste de ideologias contrárias aos princípios morais, éticos e àqueles relativos ao bem comum, ela se transforma e defesa de interesses pessoais ou de grupos em detrimento das necessidades dos cidadãos, especialmente dos mais pobres e desvalidos. O Papa Francisco nos conclama a promover a “boa política” para o bem de todos.
Na mensagem do Santo Padre, o Papa Francisco, para este ano de 2019, ele nos lembra o que já dizia o Papa Emérito, Bento XVI: «todo o cristão é chamado a esta caridade, conforme a sua vocação e segundo as possibilidades que tem de incidência na pólis. (…) Quando o empenho pelo bem comum é animado pela caridade, tem uma valência superior à do empenho simplesmente secular e político. (…) A ação do homem sobre a terra, quando é inspirada e sustentada pela caridade, contribui para a edificação daquela cidade universal de Deus que é a meta para onde caminha a história da família humana» (Carta enc.Caritas in veritate(29/V/2009), 7.).
A partir do critério da Caridade, podemos reconhecer todas as pessoas e também todos os que se apresentam para o serviço do povo na política, sejam de qualquer afiliação cultural, religiosa e/ou partidária que forem. Se desejam trabalhar juntos para o bem da família humana, praticando as virtudes humanas que subjazem a uma boa ação política: a justiça, a equidade, o respeito mútuo, a sinceridade, a honestidade, a fidelidade, estarão dando seu contributo para a construção da paz para as pessoas, as comunidades e para toda a sociedade.