Quanto vale a vida?

29/01/2019 às 10h23

Pe. Paulo Barbosa

Mais um rompimento de barragem, em Minas Gerais, mata centenas de pessoas, desabriga outras milhares, afeta cidades, meio ambiente e economia.

Segundo o IBAMA ( Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) nenhuma das mais de quatrocentas barragens de Minas Gerais está segura. O que fazer diante do quadro sombrio e assustador?

O modelo de desenvolvimento aplicado ao Brasil e ao mundo têmcomo objetivo somente o lucro, não respeitando a natureza e meio ambiente. Os manifestos do MAB (Movimento Ativo das Barragens) e da Cáritas deixam claro que a vida humana não é prioridade para os empreendimentos minerários e para a economia vigente. Também a CNBB, a Arquidiocese de Mariana e de Belo Horizonte atentam para a justiça e a solução dos problemas.

Enquanto não houver fiscalização séria e corresponsabilizar judicialmente os criminosos do meio ambiente; conquanto não se punirem verdadeiramente os projetos de morte, a devastação continuará ceifando vidas e matando a sustentabilidade do planeta.

A humanidade, a floresta, matas, águas e nascentes e todos os seres precisam aprender a conviver harmoniosamente, na inspiração do Papa Francisco: Cuidar da Casa Comum é corresponsabilidade de todos; do contrário,mais barragens e outras devastações continuarão a pesar sobre a natureza e o ser humano. Francisco também se solidariza com as vítimas deste que foi mais um crime ambiental e humano. A vida não tem preço. Contudo que se minimize a dor e se priorize a vida humana e a natureza e toda biodiversidade com justiça e reparação dos erros.


Voltar

Confira também: