A Sala Paulo VI, no Vaticano, ficou repleta de fiéis nesta quarta-feira, 30. Os cristãos acompanharam a Audiência Geral com o Papa Francisco, que aproveitou o momento de catequese para recordar sua Viagem Apostólica ao Panamá, realizada entre os dias 24 e 27 de janeiro.
O Pontífice agradeceu a Deus pelos momentos vividos no país, o acolhimento caloroso e familiar do presidente do Panamá e das demais autoridades, e também a recepção realizada pelos voluntários e pessoas que se esforçaram para saudá-lo.
O Papa disse que as pessoas levantavam as crianças, como se estivessem dizendo: ‘Eis o meu orgulho, eis o meu futuro!’. “Quanta dignidade nesse gesto, e quanto é eloquente para o inverno demográfico que estamos vivendo na Europa”, disse ele.
“O motivo dessa viagem foi a Jornada Mundial da Juventude. Todavia, nos encontros com os jovens se realizaram outros ligados à realidade do país: com as autoridades, bispos, jovens detentos, consagrados e uma casa-família. Tudo foi contagiado e amalgamado pela presença alegre dos jovens: uma festa para eles e uma festa para o Panamá, e também para toda a América Central, marcada por várias situações e necessitada de esperança e paz”, frisou o Santo Padre.
Francisco recordou que antes da Jornada Mundial da Juventude, foram realizados os encontros dos jovens indígenas e afro-americanos: “Uma iniciativa importante que manifestou ainda melhor o rosto multiforme da Igreja na América Latina. Depois com a chegada de grupos de várias partes do mundo, formou-se uma grande sinfonia de rostos e línguas, típica desse evento”, observou.
De acordo com o Pontífice, ver todas as bandeiras desfilarem juntas, dançando nas mãos dos jovens alegres, foi um sinal profético, um sinal contracorrente em relação à triste tendência atual aos nacionalismos conflitantes. “É um sinal de que os jovens cristãos são fermento de paz no mundo”, afirmou. O Papa disse ainda que esta JMJ teve uma forte impressão mariana, pois o seu tema foram as palavras da Virgem ao Anjo: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra”.
Para o Santo Padre, foi forte ouvir as palavras proferidas pelos representantes dos jovens dos cinco continentes e vê-las transparecer em seus rostos. “Enquanto houver novas gerações capazes de dizer ‘eis-me aqui’ a Deus, haverá um futuro para o mundo”, sublinhou. Francisco recordou alguns momentos da JMJ, como a Via-Sacra com os jovens, afirmando que no Panamá os jovens levaram, com Jesus e Maria, o peso da condição de muitos irmãos e irmãos que sofrem na América Central e no mundo inteiro.
Em seguida, o Papa recordou a Liturgia Penitencial com os jovens reclusos no Centro Correcional de Menores e a visita ao Lar do Bom Samaritano que acolhe os portadores de Hiv/Aids. O Pontífice falou também da Vigília e da missa com os jovens, ressaltando que na celebração eucarística fez um apelo à responsabilidade dos adultos para que não faltem às novas gerações educação, trabalho, comunidade e família.
Para Francisco, o encontro com os bispos da América Central foi um momento de consolo. “Juntos nos deixamos instruir pelo testemunho de São Oscar Romero, a fim de aprender melhor o ‘sentir com a Igreja’, que era o seu lema episcopal, estando próximos aos jovens, aos pobres, aos sacerdotes e ao santo povo fiel de Deus”, recordou.
A consagração do altar da Igreja de Santa Maria La Antigua, que foi restaurado, teve segundo o Santo Padre, um forte valor simbólico: “Um sinal da beleza reencontrada, para a glória de Deus, para a fé e a festa do seu povo”, disse o Papa. Ao final, Francisco afirmou: “Que a família da Igreja no Panamá e no mundo inteiro possa obter do Espírito Santo sempre nova fecundidade, para que continue e se difunda na terra a peregrinação dos jovens discípulos missionários de Jesus Cristo”.
Fonte: Canção Nova Notícias