Dores de Maria são lembradas em Sermão da Soledade

18/04/2019 às 13h57

Relembrando as dores de Maria, o Sermão da Soledade marcou a quarta-feira santa, 17 de abril, em Mariana. Após a missa na igreja de São Pedro, presidida pelo arcebispo de Mariana, Dom Airton José dos Santos, centenas de fiéis acompanham a procissão com a imagem de Nossa Senhora para a igreja de Nossa Senhora do Carmo, onde o padre Rodrigo Arthur Medeiros da Silva realizou o sermão.

Em sua reflexão, padre Rodrigo disse que “a solidão de Maria se alojou na imagem de seu Filho ante seus olhos, suspenso sobre a Cruz, selando em si a derradeira aliança de amor do Pai com a vida que, desfalecida, na ótica da fé, naquele momento começara a vencer o pecado e a morte”.

O pregador sublinhou que Maria, mulher simples, que guardando sua singeleza, nunca chamou a atenção das pessoas para si. “Mãe que, se bem pensarmos, pelo menos ao lermos as páginas do Evangelho em que Ela aparece, pouco deixou de sofrer enquanto viva sobre a terra. Alguém que sempre creu que a sua vida estava, de fato, a serviço da vontade Daquele que a criou e a chamou para dar à luz do mundo o seu Unigênito Jesus”, disse.

Padre Rodrigo ressaltou que a soledade de Maria justifica-se no silêncio que lhe impedira, diante da morte de seu Filho, de tomar qualquer atitude contrária à cena que seus olhos fitaram. “Ao ver, na Cruz, silenciada a vida terrena para a vida de Jesus, sua Mãe prefere calar-se e, mais uma vez, abandonar sua sorte nas mãos de Deus. Eis a soledade de Maria, a soledade de um silêncio com o qual chama para si a convicção do Profeta de que Deus nos confia forças na esperança”, afirmou.

Durante o sermão, ele também se lembrou das muitas Marias, que sofrem nos tempos atuais. “Não nos esqueçamos de despertarás tantas Marias do Desterro, Marias dos Remédios, Marias das Dores, Marias do Carmo, Marias de Fátima, Marias da Assunção e as centenas de outras Marias que conhecemos ou com as quais convivemos a caminharem conosco, junto nós e à nossa Maria na estrada de Jesus, estabelecendo, em nossos tempos, a Sua Igreja a Ele peregrina”.

Após o sermão, os membros das Irmandades, Confrarias, Associações e Movimentos participaram do ofício de trevas, que lembrou a traição de Jesus e o momento em que Ele foi abandonado pelos discípulos, preso e levado à morte.

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