Dom Airton José dos Santos
Arcebispo Metropolitano de Mariana
No dia primeiro de maio a Igreja celebra a memória de São José Operário e, nele, de modo significativo, celebramos o dia dos trabalhadores e trabalhadoras. Dia de manifestar solidariedade e proximidade espiritual para com os homens e mulheres, do campo e da cidade que, pelo trabalho, constroem e garantem suas próprias vidas e a vida de suas famílias, dando sua contribuição na construção da nação brasileira.
Neste dia 1º. de maio, é bom lembrar a todos os trabalhadores que o trabalho é fundamental para garantir e fortalecer a dignidade da pessoa humana, pois ele se constitui uma dimensão da existência humana sobre a terra e por ele, cada pessoa participa da obra da criação, contribuindo para a construção da sociedade justa, fraterna e solidária, onde o trabalhador não é tratado como mercadoria e coisa, mas, como sujeito com direito à vida digna, para si e para os seus. Nesse sentido compreendemos a afirmação de São João Paulo II, na Encíclica sobre o trabalho humano, quando diz que o Trabalho humano é a chave da questão social (Laborem Exercens, 3).
Ainda mais! É bom lembrar as palavras do Papa Francisco: “nenhum trabalhador sem direitos! Juntamente com a Terra e o Teto, o Trabalho é um direito sagrado, pelo qual vale a pena lutar” (Cf. Papa Francisco, Discurso aos Movimentos Populares, 9 de julho de 2015).
É bom lembrar também que Nosso Senhor Jesus Cristo, da oficina de Nazaré, nos ensinou a sermos irmãos de todos, e a experimentarmos a grandeza de termos sido criados à imagem e semelhança de Deus, para que todos pudessem ser imagens de sua presença transformadora no mundo. Manter a esperança e apostar no que é justo, honesto e conforme a vontade de Deus, nos encoraja a lutar para que não nos deixemos levar pelos interesses, ideias e práticas, que procuram arrancar do coração dos simples e humildes a certeza da vitória da vida sobre a morte.
Viva o dia 1°. de maio!
Viva o dia do trabalho e dos trabalhadores!