Juventude, desafios e esperança

15/05/2019 às 14h04

Pe. Luiz Faustino dos Santos

 

O Papa Francisco na Exortação Pós-Sinodal assim inicia: “as primeiras palavras que quero dirigir a cada um dos jovens cristãos são: ‘Ele vive e quer-te vivo’” (Cristo Vive - CV - n. 1).

Os desafios que a juventude enfrenta hoje não inúmeros. São muitas as incoerências.Segundo Vitor (de Rio Pomba), líder da Pastoral da Juventude, os jovens sofrem pela falta de apoio por parte da Igreja e da sociedade. Os jovens querem ter vez, voz e lugar. E espera que a juventude tenha sempre uma visão crítica da realidade, em vista do reino de Deus. Pois, o jovem sempre busca a felicidade, embora, nem sempre no caminho certo. Porém, quer conhecer o espaço onde pisa e se interessapela lutapor“outra sociedade possível”, conclui.

O joio e o trigo sempre crescendo juntos: cresce, na sociedade, a desumanidade e um esforço humanista; o egoísmo e o altruísmo; a busca desenfreada de novidades e a sede do saber; a perda dos valores fundamentais e a busca do espiritual;a substituição do essencial pelo superficial e a conquista de direitos; a insaciabilidade do ter em detrimento do ser e a luta pela globalização do amor.

Numa sociedade, onde as coisas e os propósitos são descartáveis, a juventude fica sem referências. O passado não interessa, o presente é estressante e o futuro, ilusório. Cresce o medo da perda, pois o alheio é pouco respeitado. Quando o eu se torna rei, todos os demais se tornam súditos.

A pouca orientação para o sagrado facilita a superficialidade espiritual que decepciona. Cultua-se a Deus de forma individualista. O que contradiz a proposta do Deus de Jesus Cristo. A próposito, Papa Francisco escreve: “Formar a consciência é caminho de uma vida inteira, no qual se aprende a intuir os sentimentos próprios de Jesus Cristo, assumindo os critérios e as intenções da sua maneira de agir” (cf. Fl 2,5; CV, 181).

A juventude sonha esperançando e se cansa de aguardar o dia das grandes conquistas. Para evitar frustração, o Papa Francisco sugere que os jovens procurem “descobrir qual é a vontade de Deus para suas vidas (CV, 287), pois o Senhor é seuamigo pessoal” (CV, 288). E conclui dizendo: “Correr mais rápido do que os lentos e temerosos. Correr na direção de Jesus. Que o Espírito Santo vos empurre nesta corrida para frente, pois a Igreja precisa de vosso entusiasmo, das vossas intuições, da vossa fé” (CV, 299).

 


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