Com a presença do arcebispo de Mariana, Dom Airton José dos Santos, e dos representantes religiosos e leigos das pastorais e movimentos, o Conselho Arquidiocesano de Pastoral debateu, na última sexta-feira (24), formas de articular as expressões juvenis da arquidiocese – uma das linhas de ações definidas para 2019, na 26ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral.
Os conselheiros propuseram a criação de uma equipe de animação juvenil a partir das foranias, com as representações das expressões existentes em cada uma. “Foi uma discussão muito madura a respeito do modo como integrar as diversas expressões juvenis da Arquidiocese. A decisão abre perspectiva nova de diálogo e integração”, opina o Coordenador Arquidiocesano de Pastoral, padre Edmar José da Silva.
Em sua primeira reunião na função de coordenador, padre Edmar ressalta que é perceptível o esforço das regiões e das foranias em colocar em prática as conclusões da última Assembleia Arquidiocesana e em trabalhar cada vez mais as periferias juventude e pobreza. “Graças a Deus, muitos eventos a nível arquidiocesano estão programados: Semana de Formação Catequética; Congresso da Pastoral Familiar; Fórum Social pela Vida; Assembléia da Dimensão Sociopolítica; etc. Isso tudo mostra a vitalidade pastoral da nossa Arquidiocese. Foi muito boa a experiência de coordenar a reunião do CAP pela primeira vez. Tudo é muito novo para mim. A reunião foi muito produtiva e me senti bem acolhido por todos”, diz.
Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2019-2023
O arcebispo, Dom Airton, apresentou um breve resumo das novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, aprovadas na última Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, destacando que elas são grandes desafios que devem ser levados para as pastorais nos próximos 4 anos. "O objetivo geral é o reflexo de todas as orientações. Evangelizar. Esse é o objetivo. Anunciar o evangelho, anunciar os valores do Reino. Dar testemunho", disse.
Dom Airton informou que as Diretrizes foram pensadas em cima da ideia que a Evangelização ocorre em um Brasil cada vez mais urbano. "Urbano não se refere a cidade não. Tem gente que está na roça, mas tem pensamento e coração urbano. Já tem internet, celular, parabólica. Nunca saiu de lá, mas sabe tudo. Não é mais aquela ideia de urbano e rural de antes", afirmou.
"A evangelização em qualquer lugar em que nós estejamos, nas cidades pequenininhas, nos grandes centros, lá na roça, nos bairros de 10 a 15 famílias, a evangelização nesses ambientes é um desafio. O objetivo geral das Diretrizes traz essa preocupação. Evangelizar num Brasil cada vez mais urbano", reforçou.
Ele também abordou qual é o meio de evangelização: "Nós evangelizamos pelo anúncio da Palavra, mas anunciar não é falar". Citando o Papa Francisco, Dom Airton lembrou que, às vezes, falamos pouco de Deus, um pouco mais de nós mesmos e bastante dos outros. "O Papa diz que temos que inverter essa lógica. Temos que falar bastaste de Deus, sobre Deus, com Deus, para Deus, temos que falar pouco de nós mesmos e nada dos outros".
Semana Dom Luciano
Outro destaque da reunião foi o agendamento da 2ª edição da Semana Dom Luciano, que neste ano abordará as conclusões dos 40 anos da 3ª Conferência Episcopal Latino-Americana e do Caribe, que ocorreu em Puebla, no México, levando em consideração o atual cenário latino-americano.
O evento acontecerá nas cinco regiões pastorais, antecedendo a Outorga da Comenda Dom Luciano Mendes de Almeida. No dia 19 será sediado pela Região Centro, no dia 21 pela Região Norte, no dia 22 pela Região Oeste e no dia 23 pelas Regiões Sul e Leste.
Pastoral da Criança e do Menor
O assessor da Pastoral da Criança e da Pastoral do Menor, padre Dario Chaves, comunicou que todas as comarcas que possuem o Fórum Intermunicipal de Políticas Públicas do Direito da Criança e do Adolescente instalados ou não irão ser chamadas para participar do Fórum das Comarcas, agendado para o dia 4 de novembro, em Conselheiro Lafaiete.
Padre Dario também deu destaque aos resultados gerados pelo Fórum em sentença relacionadas as políticas públicas, como o caso de quando os municípios levam ao Ministério Público problemas relacionados a crianças e adolescentes e recebem a ordem de se reunir com o grupo de trabalho instalado pelo próprio Fórum.