A Ocupação dos atingidos e atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão no escritório da Fundação Renova, no bairro São Pedro, em Mariana (MG), que durou 23 dias, foi encerrada nesta terça-feira (25).
O grupo, que apresentou uma carta contendo 19 pontos, recebeu uma resposta da Fundação na noite desta segunda-feira (24). No ofício enviando, a Renova reafirma que realizará o cadastro, aplicado na bacia do Rio Doce, a partir de agosto de 2019. Ela também afirma que fornecerá cestas básicas às famílias em situação de vulnerabilidade, também a partir de agosto. Neste documento constam outras respostas, algumas delas consideradas insatisfatórias, sobre as demais pautas apresentadas.
Para os atingidos esses 23 dias de ocupação foram vitoriosos porque além de fazer a Renova se mobilizar para dar as respostas, uma onda de apoio e inspiração no conjunto dos atingidos da Bacia do Rio Doce foi provocada.
Na assembléia final da ocupação, os atingidos fizeram uma agenda de trabalho onde irão participar de várias reuniões de Câmaras Técnicas e do Comitê Interfederativo para discutir suas pautas, além da fazer outras ações locais e regionais de luta e de mobilização que vão continuar nas próximas semanas.
A ocupação
Desde o dia 03 de junho atingidos dos municípios de Mariana, Barra Longa e Acaiaca exigiam respostas para as 19 pautas apresentadas para a Fundação Renova. Muitas das reivindicações já haviam sido apresentadas meses antes e continuavam sem respostas, entre elas os atrasos nos reassentamentos e a situação dos garimpeiros e pescadores, que perderam seu meio de trabalho e ainda não tiveram reconhecidos seus direitos como atingidos pela barragem de Fundão.
Ao longo de todo o protesto, os atingidos contaram com a assistência oferecida pela Cáritas Minas Gerais, com o apoio da Arquidiocese de Mariana, do Movimentos dos Atingidos por Barragem e outras organizações sociais.
Com informações da Cáritas Regional
