“Para esta grande e tradicional arquidiocese de Mariana será de grande valia um órgão oficial de imprensa, destinado a orientar o clero nos vários ramos de apostolado e ministrar aos fiéis o catecismo”, essas foram as palavras do então arcebispo coadjutor de Mariana, Dom Oscar de Oliveira no primeiro exemplar do jornal ‘O Arquidiocesano’, em julho de 1959. Essa publicação, feita tipo a tipo, marcava o início da Gráfica e Editora Dom Viçoso, uma instituição que está completando seis décadas de história.
Segundo cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho, primeiro diretor da editora, o desejo de criar um jornal para a Arquidiocese e a Folhinha de Mariana motivaram Dom Oscar a fundar a Editora Dom Viçoso. “Umas das principais providências de Dom Oscar de Oliveira, em 1959, foi adquirir a Tipografia da Folhinha de Mariana, do senhor Agripino Claudino dos Santos, visando a impressão do jornal o Arquidiocesano. Fundou, então a editora Dom Viçoso. Nela o Arquidiocesano semanalmente foi composto com tipos e impressos, páginas por páginas, na pequena máquina impressora, do dia 29 de junho de 1959 até 1967, quando Dom Oscar adquiriu uma máquina automática Original Heidelberg Cylinder que possibilitou, após 2 de julho daquele ano, uma melhor impressão daquele jornal”, explica cônego José Geraldo.
A partir de 29 de junho de 1959, além da elaboração da Folhinha de Mariana e do jornal Arquidiocesano, carros chefes desta instituição por anos, a Gráfica e Editora Dom Viçoso começou a produção de inúmeros livros, revistas e materiais. “A Editora também prestou, durante algum tempo, serviços de encadernação a cargo de alguns seminaristas do Seminário Maior com grande satisfação da comunidade marianense. Por sete anos, a partir de 4 de julho de 1972, a Editora Dom Viçoso fabricou o Caderno Barroco, cadernos escolares com fotografia e histórico de Igrejas, Monumentos e peças do século XVIII, muito apreciados pelos alunos das escolas da região”, lembra cônego José Geraldo.
Mudanças
Ao longo dessas seis décadas foram inúmeras as mudanças e renovações que a Editora passou. Uma delas foi a aquisição da máquina de linotipo no final dos anos de 1960. Esta máquina permitia uma composição mais rápida e com mais qualidade dos textos para a impressão, que continuava tipográfica. Hoje, a máquina é sinônimo de história e fica na recepção da gráfica para apreciação.
A impressão em offset só passou a ser usada em 1978, quando o diretor, cônego José Geraldo, adquiriu a primeira máquina offset, uma Multilith, formato 8. Na gestação de seu terceiro gestor, cônego João Francisco Ribeiro, a Editora adquiriu um parque gráfico com duas máquinas Solnas de formato 2, além de uma GTO e uma Hamada, ambas no formato 4.
“Após o primeiro período de modernização da Editora, quando se abandonou o processo tipográfico, substituído pelo de off-set, mais avanços foram alcançados no que diz respeito à aquisição de maquinários mais modernos e novas tecnologias: duas impressoras Heidelberg (uma monocolor e outra bicolor), uma máquina de dobra da marca Sthal, uma serrilhadeira e corte e vinco da Rifani, além de uma impressora de alta qualidade para gráfica rápida, Konica Minolta C224”, afirma o gerente, Jair Duarte
O processo de informatização, que possibilitou avanços na gestão administrativa e no processo de pré impressão, também foi importante para a história da Editora. “Com o advento da internet, que ofereceu atalhos quilométricos e atemporais no que diz respeito à agilidade e qualidade dos serviços, hoje, a maior parte dos serviços da Editora Dom Viçoso navegam pelo processo virtual de relacionamento comercial”, ressalta Jair.
Nova sede
Outro marco na história da Editora foi a mudança para sua atual sede, após anos funcionando no Palácio dos Bispos. Segundo notícia publicada no jornal Pastoral de junho de 2009, “a deterioração do prédio, sob risco iminente de desabamento, exigia a rápida transferência da Editora cujo expansão era impedida por casa das condições precárias de suas instalações”.
Diante dessa realidade, o então arcebispo de Mariana, Dom Luciano Mendes de Almeida, determinou a construção de um novo prédio para a gráfica. Sob a direção do então ecônomo arquidiocesano, padre Carlos Alberto Silva, a nova obra foi construída e inaugurada em 1996. Três anos depois o prédio foi ampliando dada a expansão da editora.
Evangelização
Tendo como princípios a fé a esperança, a Gráfica e Editora Dom Viçoso também é um espaço de evangelização na arquidiocese de Mariana. Segundo o diretor da Editora, padre Darci Leão, a maioria dos clientes (70%) são de paróquias. “O serviço que a Editora presta à Igreja é aquele de oferecer subsídios para facilitar a Evangelização. Isso é evidente quando observamos que muitas paróquias, além de fazer conosco os seus materiais para a festa do padroeiro, subsídios para novena, também adquirem muitos livros produzidos pelas dimensões pastorais da Arquidiocese de Mariana”, explica.
Padre Darci acrescenta que a Arquidiocese conta com padres e agentes de pastoral capacitados que têm se tornado referência não só para nossa arquidiocese, mas para todo o Brasil. “Um exemplo disto, são os livros do Programa de Catequese, que são adotados nas dioceses do Leste 2 da CNBB”, finaliza.
Clique aqui e conheça o site da Gráfica e Editora Dom Viçoso.