"Rezemos para que a injustiça não tenha a última palavra", pede Francisco em O Vídeo do Papa

05/07/2019 às 09h59

                                                    

 

Em "O Vídeo do Papa" do mês de julho, o Papa Francisco pede a todos os católicos que rezem pelos magistrados, juízes e advogados que administram a justiça em todo o mundo, para que seu trabalho seja sempre guiado por intenções corretas e critérios integrais. O Papa enfatiza sobretudo o fato de que a justiça deve estar sempre a serviço da pessoa humana, respeitando a dignidade humana em todos os momentos.

Ele insiste que os magistrados devem seguir o exemplo de Jesus, "que nunca negocia a verdade". A intenção especial de oração do Papa é dirigida àqueles que têm em suas mãos o destino de muitas pessoas, “porque quando a justiça chega tarde ou não chega, cria muita dor e sofrimento”. 

Para o Santo Padre, a justiça não pode ser apenas um “traje extra” ou um disfarce que só usamos para ir a festas. É por isso que, em julho deste ano, ele nos pede para rezar especialmente para que os responsáveis ​​por transmitir a justiça realizem seu trabalho com integridade, sem interesses pessoais egoístas ou agendas ocultas, em um contexto de transparência e imparcialidade. 

Em suas próprias palavras, “as decisões tomadas pelos juízes influenciam nos direitos e bens dos cidadãos”. Esse poder traz consigo uma grande responsabilidade, especialmente o dever de manter uma posição “afastada de favoritismos e de pressões que poderiam contaminar as decisões que eles têm de tomar".

 Padre Frédéric Fornos, SJ, Diretor Internacional da Rede Mundial de Oração do Papa (que inclui o Movimento Eucarístico Jovem), recorda as palavras do Papa na Cúpula Pan-Americana de Juízes (3 a 4 de junho de 2019) sobre a batalha assimétrica e erosiva que muitos juízes enfrentam com frequência: “A defesa ou prioridade dos direitos sociais sobre outros tipos de interesses levará você a confrontar não apenas um sistema injusto, mas também um poderoso sistema de comunicação a serviço daqueles que estão no poder, que frequentemente distorcerão o significado das tuas decisões, colocarão em dúvida a tua honestidade e probidade, e até te sujeitarão a juízo.” “Felizes os perseguidos por amor da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.” (Mt 5, 19)

Padre Fornos enfatiza que o Santo Padre tem em mente especialmente aqueles que sofrem com a dureza dos tempos e formas como a justiça é feita. Quanto às lutas difíceis que os administradores da justiça devem muitas vezes lutar para julgar e discernir corretamente, Francisco pede que eles sempre olhem através do prisma da bondade. Ele nos lembra que “a misericórdia triunfa sobre o juízo” (Tiago 2, 13).

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