Mariana celebra 260 anos da presença Carmelita na cidade

16/07/2019 às 22h54

Dentro das festividades em honra a padroeira, a cidade de Mariana comemorou hoje (16), dia de Nossa Senhora do Carmo, os 260 anos da chegada dos Carmelitas. A Missa de Encerramento da Novena foi presidida pelo arcebispo de Mariana, Dom Airton José dos Santos, às 17h, no Santuário de Nossa Senhora do Carmo, seguida de procissão e bênção com o Santíssimo.

Criada em 1751, a Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo foi a primeira ação dos Carmelitas em Mariana. Após o falecimento do último membro, em 1960, a ordem foi destituída e, alguns anos depois, o Santuário do Carmo recebia uma Confraria. “A Confraria de Nossa Senhora do Carmo tem sido atuante por diversas vertentes na cidade de Mariana, tanto em trabalhos sociais, ajudando na tradição da cidade, quanto na divulgação da devoção a Nossa Senhora do Carmo e da fé católica com todos os seus carismas”, explica o confrade, Leonardo Francisco Santos Ribeiro.

“A confraria foi promovendo a espiritualidade carmelita, aumentando a devoção profunda a Nossa Senhora que a gente vê que cresce até os dias de hoje”, afirma o confrade, Clécio Oliver. Para ele, mais do que valor cultural, a espiritualidade carmelita ajuda a seguir os moldes de Nossa Senhora. “Temos o valor espiritual do escapulário e do exemplo perfeito que Maria dá a cada cristão”, diz.

Além da Confraria, duas congregações carmelitas atuam na cidade: Irmãs Carmelitas da Divina Providência e Irmãs Carmelitas de Madre Candelária. Esta última é de origem venezuelana e, no Brasil, está presente apenas em Mariana. Irmã Dyasmele Martinez diz que a Festa de Nossa Senhora do Carmo proporciona a ela uma alegria muito grande. “Somos três irmãs aqui apenas, e na novena e festa nos encontramos com esta grande família, com a confraria, com todos os devotos de Nossa Senhora do Carmo e nos sentimos muito amparadas”, revela. Em Mariana, a sua congregação ajuda no Lar Santa Maria e na Obra Social Monsenhor Horta, além de prestar trabalhos de apoio na arquidiocese, como no grupo de orientação vocacional, no hospital, e na distribuição da Eucaristia para os doentes.

 

Festa

Devotos da cidade e dos distritos de Mariana se reuniram no Santuário de Nossa Senhora do Carmo para a missa e procissão no final da tarde desta terça-feira. Os padres que estão participando do Retiro do Clero, no Seminário São José, concelebraram a missa. Na procissão, foram levadas as sete relíquias dos santos e beatos carmelitas, que compõem o acervo do Santuário: São Simão Stock, Santa Teresa d'Ávila, São João da Cruz, Beata Elizabeth da Trindade, Santa Tereza Benedita da Cruz (Edith Stein), Santa Tereza de Jesus dos Andes e Santa Terezinha.

 O reitor do Santuário, Cônego Nedson Pereira de Assis, define a festividade como um tempo de graça, de oração, e de bênçãos. “A festa é para nós um momento de louvor a Deus pela manifestação da sua bondade e de sua misericórdia a nós pelo testemunho de vida e de entrega de Maria a ele, no desejo de fazer sua vontade. Portanto, somos convidados pela festa que celebramos a também fazermos a vontade de Deus em nossa vida”, diz.

Mais cedo, na missa da manhã, o arcebispo de Mariana pediu para que os fiéis se inspirassem nas atitudes de Nossa Senhora: “Atentos à Palavra de Deus, solícitos na caridade para com todos, corajosos para vivermos, mesmo no sofrimento e nas grandes tribulações, a confiança em Deus acima de tudo”.

 

Coroação

Na segunda-feira (15), último dia da novena, em comemoração aos 260 anos da presença carmelita, a imagem primitiva de Nossa Senhora do Carmo foi coroada pelo vigário paroquial da Paróquia Nossa Senhora da Assunção, padre Lucas Germano (foto: Clécio Oliver). 

 

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