“A história da pastoral não tem nenhum sentido sem Dom Luciano”, disse Marilene Cruz

14/11/2016 às 10h06

“A história da pastoral não tem nenhum sentido sem Dom Luciano”, disse Marilene Cruz na manhã do sábado, 12 de novembro, no II Fórum da Pastoral da Criança e do Menor realizado em Urucânia. Em sua fala, Marilda fez um resgate histórico da Pastoral do Menor no Brasil.

“Ela começa em 1977, em São Paulo, e a motivação para a sua criação foram as crianças de rua e os adolescentes que estavam na Febem. Esses menores mostravam o rosto desfigurado do Cristo”, conta.

A palestrante explicou que a Pastoral do Menor deve estar junto com as crianças e os adolescentes menos favorecidos e carentes de direitos e que ela não deve perder o seu pertencimento a Igreja. “Nós somos um serviço da Igreja, por isso nós devemos estar em comunhão com a Igreja, devemos conhecer os documentos da Igreja. Ter esse pertencimento é saber que nós estamos seguindo Jesus Cristo e estamos fazendo o que Ele fez. Ao pertencermos a Igreja estamos fazendo parte do corpo de Cristo. Se eu sou da Pastoral do Menor ou da Criança e se eu não me sinto da Igreja, tem algo de errado”, ressalta.

Dimensões da Pastoral

Segundo Marilene a Pastoral é composta pelas dimensões comunitária, sócio transformadora, pedagógica, profética e política.“Não podemos perder a base na comunidade. Pois, se perdemos vamos ficar sem raiz e isso enfraquece o trabalho. Não podemos ser uma Pastoral assistencialista. A visão da Pastoral precisa ser outra. Por isso surgiu na Pastoral o traço do protagonismo. Para que os meninos e as famílias possam ser protagonistas da sua história. Outra dimensão é a pedagógica. Não podemos fazer as coisas de qualquer jeito. É preciso pensar nessa dimensão. Precisamos saber como trabalhar. Pois, as formas de trabalho precisam acompanhar a realidade que estamos inseridos. Necessitamos do anúncio da boa nova, do anúncio do evangelho, por isso a dimensão profética. E temos a política, que é saber que não podemos fazer as coisas sozinhas. Mas temos que nos unir com outras organizações e o poder público para tentar rever as situações”, explica.

A Pastoral na Arquidiocese de Mariana

Marilene disse que a presença de Dom Luciano na Pastoral da Criança é específico da Arquidiocese de Mariana. Ela acrescentou como o trabalho é diferenciado na Igreja particular de Mariana. “O trabalho da Pastoral do Menor e da Criança não se faz sem o menor ou sem a criança. E vocês da Arquidiocese de Mariana transpiram esse compromisso de estar junto”, afirma.

Ela disse, também, que mesmo com as diferenças, as duas pastorais precisam trabalhar juntas. “A Pastoral da Criança tem uma identidade própria, assim como a do Menor. E nós precisamos trabalhar juntos. O fato de trabalharmos juntos, não perde a nossa identidade”, acrescenta.

No final de sua fala, Marilene disse da alegria de participar do Fórum. “Para mim estar nesse Fórum com os adolescentes é possível vislumbrar uma pastoral com um caminhar diferente, pois temos vocês como uma alavanca. Vocês trazem o novo, trazem os desafios. Com esse grupo a Pastoral do Menor fica cada vez mais rica. E eu acho que o Fórum tem esse potencial, de trazer essas discussões e um pouco do novo. Da forma de trabalhar”, conclui.


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