Felizes os misericordiosos

19/07/2016 às 09h26

A juventude mundial reúne-se com o papa Francisco em Cracóvia (Polônia), de 27 a 31 de julho, para 31a Jornada Mundial da Juventude. Inserida no contexto do Ano Santo da Misericórdia, esta JMJ começou a ser preparada em 2014, quando o papa conclamou a juventude a experimentar a especial misericórdia de Deus para com os jovens. Para tanto, propôs aos jovens percorrerem o caminho das Bem-aventuranças.

Assim, em 2014, os jovens foram guiados pela primeira bem aventurança: “Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu” (Mt 5, 3). No ano seguinte, o tema foi a pureza de coração: “Felizes os puros de coração, porque verão a Deus” (Mt 5, 8). Estas duas jornadas aconteceram nas dioceses do mundo inteiro. Agora, em nível mundial, os jovens são chamados a trilhar o caminho da misericórdia: “Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt 5, 7).

Ao nos recordar que o “nome de Deus é misericórdia”, o papa Francisco aponta para a Igreja com a qual sonha: pobre para os pobres, misericordiosa, acolhedora, servidora. Com a naturalidade que lhe é característica, admite que “talvez, por muito tempo, tenhamos nos esquecido de indicar e viver o caminho da misericórdia”. Chegou o tempo de retomarmos esse caminho que signifi ca “viver de misericórdia”, porque, primeiro, Deus usou de misericórdia para conosco (cf. MV 9).

Propor ao jovem trilhar o caminho da misericórdia é, antes de tudo, convidá-lo a sentir o profundo amor de Deus que é, a um só tempo, sem limites e universal. Por nossa incapacidade de compreender a profundidade e a extensão do amor de Deus, muitas vezes nos escandalizamos. Quando isso acontece, fi camos privados de nos sentirmos, também nós, abraçados pela misericórdia divina. Só compreende a misericórdia de Deus para com o outro, aquele que já tiver feito a experiência do Deus-misericórdia em sua própria vida.

Dizer que “Deus é misericórdia” signifi ca afi rmar que “Deus tem um coração para os miseráveis”, ou seja, “Ele não é um Deus nas nuvens, desinteressado pelo destino dos homens, mas justamente se deixa comover e tocar pela miséria do ser humano” (Cardeal Kasper). Assim, a misericórdia não é algo abstrato, mas ação concreta que se traduz em gestos e obras. A forma mais concreta de sermos misericordiosos é dar comida aos famintos, dar de beber a quem tem sede, vestir quem está nu, acolher o estrangeiro, cuidar dos doentes, visitar os presos e sepultar os mortos.

Em nossa Arquidiocese, os jovens estão convidados a celebrar o Jubileu da Juventude no dia 31 de julho, em sintonia com a JMJ que se encerrará neste dia, em Cracóvia. Será um dia de muita festa e alegria, quando os jovens terão a oportunidade de sentir a misericórdia de Deus. Ao mesmo tempo, serão enviados pelo nosso pastor, dom Geraldo Lyrio Rocha, a serem apóstolos da misericórdia, especialmente, junto a outros jovens que vivem nas periferias da existência.

 


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