Mais uma vez entramos no mistério do Natal do Senhor. O Tempo litúrgico do Advento nos prepara para viver e celebrar a alegria do mistério do amor revelado a nós na Encarnação de Jesus. O Filho de Deus se encarnou, se fez pessoa e veio morar no meio de nós.
Celebramos Natal!
Festa cristã, Mistério envolvente, sinal amoroso. Deus veio morar com seu povo. Ele “armou sua tenda no meio de nós” ( Jo 1,14) .
Na celebração do mistério do Natal voltamos nosso olhar para Maria. Contemplamos a Mãe que tem um papel fundamental a História da Salvação.
Escrevendo á Comunidade dos Gálatas, S. Paulo diz que, “Quando se completou o tempo previsto, Deus enviou seu Filho nascido de uma mulher” (Gl 4,4).
O Antigo Testamento preparou o Povo de Deus para acolher Aquele que seria a revelação plena do Amor Misericordioso e salvífico do Pai. Quando se completou o tempo, Deus enviou seu Filho para anunciar a salvação, a vida e a libertação. E Ele nasceu de uma mulher. Em tudo, menos no pecado, Jesus experimentou e viveu a nossa vida. Fez-se um e nós para nos fazer dEle.
Diz o Catecismo da Igreja Católica: “Deus enviou seu Filho, mas para formar-lhe um corpo quis a livre cooperação de uma criatura. Por isso, desde toda a eternidade, Deus escolheu para ser a Mãe de Seu Filho, uma filha de Israel, uma jovem judia de Nazaré na Galiléia, uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de Davi, e o nome da virgem era Maria:
Quis o Pai das Misericórdias que a Encarnação fosse precedida pela aceitação daquela que era predestinada a ser Mãe de seu Filho, para que assim como uma mulher contribuiu para a morte, uma mulher também contribuísse para a Vida” (Catecismo da Igreja Católica, nº488).
Na esperança e alegria do Mistério do Natal, nós cristãos voltamos o nosso olhar para a jovem Maria. Escolhida por Deus para tão sublime missão, soube dizer SIM á vontade do Pai, amou plenamente seu Filho e O apresentou ao mundo.
“Maria, a jovem mulher de Nazaré, ocupa, assim um lugar privilegiado na história da salvação. Nela, a mulher recupera sua dignidade, sua igualdade e sua liberdade. Maria, a criatura que Deus aproximou mais de si mesmo, o rosto feminino do amor de Deus, é a mulher da nova criação, o símbolo da humanidade liberta e a manifestação mais evidente de que a utopia de Deus está se realizando na história da humanidade.
Maria continua mostrando aos jovens de hoje sua ternura de mãe. Ajuda-os a conhecer e a seguir seu filho Jesus, acompanha-os em seus processos de crescimento na fé, intercede pelos que estão longe ou o buscam sem encontrá-lo e abre caminhos de esperança para os excluídos e para os que não têm voz. Com seu exemplo, propõe um projeto de vida para os jovens e os convida a dizer “sim” a Jesus e a pôr-se em disponibilidade total para o serviço do Reino”. (Civilização do Amor: Tarefa e Esperança, 128)
Também nós, desde o nosso batismo recebemos do Pai uma missão. A exemplo da Mãe Maria, acolhamos a vontade do Pai em nossa vida. Sejamos sinais de Jesus. Levemos Jesus ao mundo. Chamados a ser missionários, apresentemos Jesus Salvador, Luz verdadeira à sociedade, para que reinem a justiça, a Paz, a Fraternidade e “todos tenham vida” (Jo 10,10).