Cerca de 40 jovens da Pastoral da Juventude (PJ) do Regional Leste 2 (Minas Gerais e Espírito Santo) da CNBB refletiram sobre o tema "Juventude e o cuidado com a Casa Comum” e lembraram das lágrimas do Rio Doce. A tragédia de Mariana foi um dos elementos para a vivência do Encontro Regional realizado de 8 a 11 de dezembro, em Betim/MG. Nesta perspectiva, seis grupos foram organizados para refletir a Encíclica de Francisco, "Laudato Si".
O documento foi usado em um amplo estudo. Para dinamizar o momento, os grupos receberam nomes dos afluentes do Rio Doce, castigado pela lama do crime ambiental da Samarco/Vale. Os participantes rezaram a vida dos rios Xopotó, Santo Antônio, Piracicaba, Piranga, Guandu e Carmo. Segundo Fábio Silva, que integra a equipe de assessoria do Regional Leste 2, a escolha dos afluentes se deu pelo fato de que eles cortam dioceses e comunidades de grande parte dos jovens presentes no encontro. "Utilizar a simbologia do Rio Doce e seus afluentes é também uma forma de dizermos: mataram o Rio Doce, mas seus afluentes devolverão a vida pra ele, seja cada um dos rios, seja cada jovem que estava representando estes rios nos grupos", lembra.
Além do estudo da "Laudato Si", um grupo fez o estudo do texto base da Campanha da Fraternidade de 2016, que também refletiu o cuidado com a Casa Comum na perspectiva do saneamento básico. Jovens do Instituto de Pastoral da Juventude do Leste 2 (IPJ) também contribuíram na assessoria dos grupos.
Da Arquidiocese de Mariana cinco representantes da Pastoral participaram do encontro. Para Marcos Xavier, secretário da equipe arquidiocesana central, esse encontro foi uma ótima oportunidade. “Foi minha primeira experiência fora da arquidiocese, gostei muito de participar e conhecer várias pessoas realmente preocupadas com o futuro do nosso planeta. Além de ter a oportunidade de conhecer a Aline Ogliari e poder conhecer um pouco de sua história de vida e do seu trabalho frente a Pastoral da Juventude Nacional”, ressalta.
Fonte e fotos: PJ do Leste 2