Realidade dos atingidos é apresentada a grupo de religiosas

16/01/2017 às 16h28

Os impactos e os encaminhamentos após o rompimento da barragem de Fundão, tragédia que aconteceu em novembro de 2015, em Mariana, foram apresentados a um grupo de irmãs da Congregação do Sagrado Coração de Maria na manhã dessa segunda-feira, 16 de janeiro, no Centro Arquidiocesano de Pastoral. Participaram da roda de conversa representantes dos atingidos, da Arquidiocese, do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) e do Hotel Providência.

Esse momento de partilha teve como objetivo proporcionar as religiosas, de vários países, uma imersão na realidade brasileira onde a Congregação está presente. “Nós, da Congregação do Sagrado Coração de Maria, temos um recado do nosso fundado: ‘Aproximar com respeito das diferentes culturas onde estamos’. Essa realidade vai interferir nos nossos planos daqui para frente. Esse é um momento de avaliação e de planejamento, por isso estamos aqui”, relata irmã Rosinha da província brasileira e que mora em Belo Horizonte.

Durante a conversa os atingidos de Bento Rodrigues, Ponte de Gama e Paracatu de Baixo relataram a situação atual e para onde eles estão caminhando. “Tudo o que foi conquistado até hoje foi feito pelas comissões, com apoio do Ministério Público, da Arquidiocese e de alguns movimentos. Atualmente, o veículo de comunicação mais seguro que nós temos é o jornal A Sirene”, disse Milton Sena, atingido de Ponte do Gama.

Antes de chegarem a Mariana, as irmãs, que compõem a rede justiça, paz e integridade da criação da Congregação, tiveram a oportunidade de partilhar com dois brasileiros sobre a visão do Brasil. “Nós contamos com a presença de um franciscano, que nos falou sobre a dimensão da advocacia de causas de justiça, paz e integridade da criação e de um sociólogo, que nos deu uma visão da conjuntura brasileira, do contexto de mundo e nos aproximou da realidade de Mariana”, conta a irmã Rosinha.

Além da roda de conversa, o grupo vai conhecer a cidade de Barra Longa, que também foi atingida pela tragédia.


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