Missão: Igreja em movimento

31/01/2017 às 09h54

Todos os documentos da Igreja que tratam sobre a missão afirmam que a essência da Igreja é ser missionária, caso contrário não é a Igreja de Jesus. No Evangelho, vemos que Jesus deu uma ordem aos seus discípulos. E esta ordem não foi “ficai!”, mas “Ide!”. Este verbo indica movimento, ação. Portanto, missão é ir, é movimento. Por isso não dá pra entender uma Igreja fechada e centrada em si mesma. Ela deve ir ao encontro das pessoas, sem esperar que as pessoas venham ao seu encontro.

É comum reclamarmos de tantas pessoas que se afastaram da Igreja ou não a freqüentam mais. Ocorre que nem sempre vamos ao seu encontro e pouco fazemos para trazê-las para a vivência da fé. Não procuramos saber o que estas pessoas estão vivendo. Ficamos sempre esperando na igreja e criticando os que não frequentam a comunidade. Somos desafiados a ir ao encontro destas pessoas para ouvi-las e saber a razão pela qual não participam da comunidade. Isso exige a coragem e a ousadia de sair de nossa zona de conforto. É a “Igreja em saída” de que fala o papa Francisco.

Não podemos, portanto, ficar somente dentro da Igreja esperando que os outros venham. Porque ali vão as pessoas que já participam da comunidade eclesial, que rezam, frequentam, reúnem-se e lutam pela comunidade. Há inúmeras pessoas que precisam fazer esta experiência de Deus que se revela na comunidade reunida. Aos que vivemos esta experiência cabe a responsabilidade de falar do amor misericordioso de Deus a quem está afastado.

O Projeto Arquidiocesano de Evangelização (PAE), aprovado no final do ano passado, incentiva-nos a esse compromisso. Ser missionário é nossa vocação. Nós a recebemos no dia de nosso batismo. Devemos, pois, ser missionários em nossa família, em nosso bairro e em todos os lugares e circunstâncias onde a Igreja se fará presente pelo nosso testemunho de cristãos e cristãs batizados.


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