Padre Bosco: um construtor do Reino

03/08/2016 às 16h11

Pe. José Bosco deixa-nos um legado de grande zelo e amor à causa do Reino de Deus. Por onde passou, semeou harmonia e a edificação do que sempre acreditou: a alegria do sacerdócio oferecido de coração ao Mestre e ao Seu povo. Trabalhou em Congonhas, ainda como redentorista, e sentiu que o chamado o colocava mais perto desta arquidiocese que o acolheu. Coube a Dom Oscar de Oliveira confiar-lhe várias funções diocesanas e deixar que o Pe. José Bosco desempenhasse seu ministério na vida desta porção eclesial. Dom Luciano muito lhe teve o afeto e a responsabilidade nas coordenações pastorais. Foi Pe. José Bosco o coordenador pastoral da região Mariana Oeste por um período de transformações na linha pastoral que aqui se implantava. Além de Jeceaba, exerceu a liderança junto ao clero diocesano. Ao final, já em Matipó, por duas décadas aproximadamente, colaborou com a Igreja marianense na condução do rebanho a ele confiado. Seu testemunho é relevante na igreja e na sociedade. Também Dom Geraldo conviveu com ele e viu sua trajetória de zelo e abnegação pelas causas da Igreja, na obediência e na corresponsabilidade ministerial

Como líder dos padres, ajudou-nos a compreender a comunhão e a interrelação do respeito ao diferente, ao novo que se abria nas necessidades pastorais. Várias frentes pastorais vieram para a continuidade do caminho diocesano. Pe. José Bosco não tinha medo do enfrentamento. Era corajoso e profeta. Lembra-se seu jeito lúcido e transparente da palavra e da ação sociotransformadora. Os embates e desafios que se apresentavam eram tocados de frente com determinação e profecia. Os padres mais velhos e mais novos viam nele o amparo e a firmeza do comandante. E não era fácil naquele final dos anos 80 e início dos anos 90, quando o país preconizava o neoliberalismo e a ferviam as emergências de mudanças.

As Ceb’s foram sua prata da casa. Em todos os lugares ele as priorizou. Fez de suas paróquias e adjacências um canteiro e celeiro de lideranças populares para refletir e agir sobre a realidade. O povo se vê como Igreja viva, em mutirão e na construção do Reino da justiça e da paz. Gente nova vivendo a união, povo-semente na nova nação, é o que se cantava na animação das comunidades. Pe. Bosco evangelizou e mostrou a eclesialidade das comunidades e das famílias que acreditam no amor concreto da fé e das obras.

Como construiu o Pe. Bosco! Muitas obras ele edificou em Jeceaba e Matipó, sempre tendo como meta o serviço ao Povo de Deus. Hospitais, escolas, praças, centros pastorais, cemitérios, dentre outros, delineiam o perfil desse homem trabalhador. Passa o homem e fica o nome escrito e gravado no coração de todos que o conheceram e amaram. Sempre alegre, animado, esperançoso, festivo ( nunca perdia uma festa da Igreja ou popular ). O entusiasmo era alimentado perto do povo a quem ele sempre amou e pelo qual será sempre amado.

Fica nossa eterna amizade, gratidão e reconhecimento a esse amigo, pastor, profeta, missionário e servidor da Igreja. Até o último suspiro ele serviu com amor. Não descansará porque sua missão continuará na história que ele construiu. Que Deus sempre o tenha no coração divino e no coração do povo!


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