Reforma contra o povo e contra os pobres

27/04/2017 às 14h32

O governo trabalha contra o povo e contra os pobres: assim falou Dom Pedro Casaldáliga, da Prelazia do Xingu, onde constantemente são ameaçados os pobres, agricultores e comunidades que teimam em resistir ao monopólio das grandes empresas e latifundiários. As reformas defendidas pelo senhor Presidente da República e seu governo visam destruir os direitos elementares dos trabalhadores e trabalhadoras, bem como impedir a aposentadoria garantida por lei constitucional.

Esse governo quer que a gente morra de trabalhar sem se aposentar. Já é difícil viver como aposentado no Brasil; se essa reforma passar como prevista e alimentada pelos senadores e deputados ligados ao senhor mandatário, será a perniciosa e avassaladora a sobrevivência dos tempos atuais brasileiros. Em nome da pseudoeconomia se faz uma reforma que mais parece engodo e perseguição ao povo brasileiro. Muitas mentiras que foram apresentadas na mídia, pagas pelo dinheiro público, iludem e desnorteiam os que assistem sem consciência crítica do que está por trás daquilo que se apresenta.

Pretende-se acabar com direitos históricos adquiridos pela classe trabalhadora. Férias, jornada de trabalho, trabalho temporário, terceirização, ataque às pensões, fim das aposentadorias especiais das pessoas com deficiências, pessoas ativas que são afetadas, contrato de trabalho mais desregulamentado, tudo o que propõe é aviltante. Eles não estão nem um pouco preocupados com a opinião pública e com desmonte da Constituição e seus avanços para o país, que muito ganhou pelas conquistas no mundo do trabalho.

O povo saiu às ruas, embora a tv e os MCS não tenham mostrado com atenção, porque também fazem parte dessa farsa que domina o Brasil, sob a ditadura da macroeconomia. Se todos soubessem o grau de destruição, não haveria ruas para abrigar os descontentes e exilados do progresso e de sua ordem de comando. A Igreja, em nome do Reino da justiça, também está dando o seu recado e foi junto com seu povo para exigir respeito à dignidade humana. Não se pode parar mais. Agora é tudo ou nada diante das avalanches que estão para acontecer. Ou lutamos, ou morreremos todos juntos e cada um a seu tempo.

PE. PAULO BARBOSA


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