Comunicar é uma arte, nos possibilita ser com o mundo. De muitos modos transmitimos algo e procuramos material para nos assegurarmos e que consolide nossos posicionamentos. Mas, ao mesmo tempo, sentimos necessidade de coisas novas: fatos, emoções, experiências que interfiram criativamente em nosso cotidiano para arejá-lo. Essa ambiguidade justifica nossa necessidade de comunicação.
As coisas ao nosso redor produzem sinais, informações, mas não necessariamente comunicação. Qualquer coisa que estiver ao meu redor só passa a existir no momento em que eu me voltar a ela. Os sinais se tornam comunicação quando passa a fazer parte da minha estrutura de funcionamento, do meu ser, transforma o meu modo de pensar e agir.
Muitas vezes vemos ou ouvimos algo e não compreendemos, isso são sinais. Quando esses sinais seduzem o interlocutor e interferem no seu agir, nas suas decisões, eles passam a comunicar algo e se tornam significativos.
Assim aconteceu com Maria no episódio do encontro com o Anjo Gabriel. Houve um sinal: “Tu conceberás e darás à luz um filho”. “Como se dará isso?”, Maria pede uma informação. “Será pela ação do Espírito Santo”, diz o anjo. “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa Palavra”, respondeu Maria. O sinal de Deus foi transmitido e acolhido de modo perfeito. Transformou a sua vida e toda a nossa história de fé.
Essa é a nossa inspiração para propor um mês da comunicação com o firme objetivo de reafirmar em nossas comunidades o valor deste trabalho como instrumento de evangelização. Continuamos o caminho com o propósito de crescer como Pastoral da Comunicação (PASCOM) e transmitir o nosso rosto de Igreja de Cristo.