Caminhada histórica e pastoral da arquidiocese são apresentadas a Dom Airton

23/06/2018 às 13h23

A caminhada histórica e pastoral, assim como as características do clero, das religiosas e religiosos e dos cristão leigos e leigas na arquidiocese de Mariana foram apresentadas a Dom Airton José dos Santos em uma sessão de acolhida realizada na noite dessa sexta-feira (22), no Santuário de Nossa Senhora do Carmo, em Mariana. A cerimônia contou com a presença de vários padres, autoridades, religiosas, seminaristas e fiéis.

O novo arcebispo de Mariana, Dom Airton, o administrador apostólico da arquidiocese, Dom Geraldo Lyrio Rocha, o prefeito de Mariana, Duarte Júnior, o presidente da Câmara Municipal, Fernando Sampaio, o coordenador arquidiocesano de pastoral, padre Geraldo Martins, o representante arquidiocesano dos presbíteros, padre Edmar José, a coordenadora geral do Instituto das Irmãs da Beneficência Popular, irmã Maria da Consolação, e a presidente do Conselho Nacional do Laicato do Brasil do Regional Leste II, Leci Nascimento, compuseram a mesa da solenidade.

Padre Edmar, o primeiro a falar, saudou Dom Airton em nome de todos os presbíteros e apresentou algumas características do clero diocesano. “Nosso clero é composto por 204 sacerdotes, 22 diáconos permanentes e 7 jovens diáconos temporários. Uma das característica mais marcante do nosso presbitério é que somos um presbitério autóctone. Quase todos nascemos, recebemos os sacramentos e fizemos nossas experiências de fé mais profundas nas paróquias e comunidades da arquidiocese de Mariana e quase todos fomos formados no seminário de Mariana”, disse.

A simplicidade no modo de ser e viver, o espírito de serviço, a consciência e o espírito missionário foram outras características citadas por padre Edmar. “Na sua grande maioria, os nossos padres são despojados e levam uma vida relativamente austera. No geral, não ostentam um estilo de vida muito distante da realidade do nosso povo. Dom Airton, posso garantir ao senhor que o nosso clero é muito trabalhador. Na sua imensa maioria, os padres e diáconos da nossa arquidiocese se desdobram para atender sacramentalmente e pastoralmente o povo de Deus. A consciência e o compromisso missionário é outra característica que vem se desenvolvendo progressivamente ao longo dos últimos anos”, ressaltou padre Edmar.

A representante do laicato, Leci Nascimento, disse que é marca dos cristão leigos e leigas da arquidiocese acreditarem na construção da sociedade do bem viver, cientes de que o mundo é o primeiro lugar de atuação e presença, conforme o documento 105 da CNBB. “Estamos engajados nos trabalhos com as famílias, nas escolas, nos sindicatos, nos movimentos populares, nos conselhos de direito, nas Escolas Família Agrícolas, nas Universidades, nas associações de bairros e em muitos outros espaços”, completou.

Leci sublinhou que Dom Airton recebe uma arquidiocese viva, sempre em movimento. “O senhor recebe uma arquidiocese viva, atuante e samaritana. Uma arquidiocese sob a proteção do Servo de Deus Dom Luciano. Portanto, corajosa nas denúncias e solidária nos sofrimentos”, disse.

O administrador apostólico, Dom Geraldo, apresentou um pouco da história da arquidiocese de Mariana. “Em 1745, pela bula Candor lucis aeternae, o Papa Bento XIV criou a diocese de Mariana, desmembrada do Rio de Janeiro, juntamente com a diocese de São Paulo e as prelazias de Goiás e Cuiabá. É a primeira diocese do interior do Brasil, pois, a colonização portuguesa das terras brasileiras iniciou-se na costa. Foi o Conde de Assumar quem propôs a criação de uma diocese em Minas Gerais e outra em São Paulo”, contou. Dom Geraldo ressaltou que a história da cidade de Mariana está entrelaçada com a história da Igreja.

Um vídeo apresentando a caminhada pastoral da arquidiocese, ressaltando os trabalhos desenvolvidos no pastoreio dos três últimos arcebispos, também foi passado durante a cerimônia. No final, Dom Airton agradeceu ao carinho com tudo o que foi preparado e apresentado a ele e comentou. “Hoje eu estive presente no seminário e o que foi dito aqui, de um clero numeroso, pelo visto vai ser muito mais numeroso, pois tem muitos seminaristas. E esse aumento significa que o trabalho pastoral e o serviço ao povo de Deus na arquidiocese será cada vez mais eficiente, cada vez mais próximo das pessoas. E uma realidade que para mim é muito presente, quanto mais padres nós temos, mais necessidade dos leigos. Não se substitui nenhum e nem outro. Se temos bons padre, temos bons leigos”, disse.

Dom Airton acrescentou que para seguir o caminho da Igreja é preciso de despojamento. “Quando a Igreja propõem um caminho para nós este caminho significa que exige antes de tudo um despojamento, uma abertura de coração para acolher aquilo que a Igreja propõem, necessita. Desta vez coube a mim abrir o coração para acolher a palavra da Igreja, através do Santo Papa Francisco”, ressaltou.

Apresentações musicais e a declamação da poesia “A Catedral” de Alphonsus de Guimarães, pela professa Hebe Maria Rola do Santos, também fizeram parte da programação.

Leia também: Apresentação de Dom Geraldo na sessão de acolhida a Dom Airton

Confira o vídeo da Caminhada Pastoral.

 


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